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Lula questiona impacto das privatizações das empresas estatais e destaca caso da BR Distribuidora

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a venda de empresas estatais durante um evento no Rio de Janeiro, na última sexta-feira, 13. Em seu discurso na inauguração do Complexo de Energias Boaventura, o presidente questionou os benefícios trazidos pelas privatizações e destacou a importância das empresas públicas para a sociedade.

Lula critica venda da BR Distribuidora e outras estatais

Durante a cerimônia, o presidente foi enfático ao perguntar: “A venda da BR Distribuidora melhorou em que para a sociedade? Barateou o combustível?”. Ele criticou o fato de parte da Petrobras ter sido vendida e questionou se essa decisão resultou em benefícios para o consumidor. Ao trazer a questão à tona, Lula apontou que o processo de privatização não necessariamente resulta em melhorias para a população.

A BR Distribuidora, vendida em 2019, é um exemplo de como ativos importantes de empresas estatais foram repassados para a iniciativa privada em gestões anteriores. Lula também citou a privatização de outras grandes empresas brasileiras, como a Vale e a Eletrobras, questionando se essas corporações realmente estão melhores agora sob controle privado.

Críticas à privatização da Petrobras

Em seu discurso, o presidente foi além da BR Distribuidora e direcionou suas críticas ao processo de privatização da Petrobras. Ele classificou como “imbecis” os que defendem a venda total da estatal e sugeriu que a operação Lava Jato, que revelou um esquema de corrupção na empresa, tinha como objetivo enfraquecer a imagem da Petrobras e abrir caminho para sua privatização.

Lula ressaltou que, embora a Petrobras tenha um papel importante na geração de lucros, sua principal função é prestar serviços à sociedade. A estatal, segundo ele, vai além de ser uma simples produtora de petróleo e gás, desempenhando um papel estratégico no desenvolvimento econômico do país.

Inauguração do Complexo de Energias Boaventura

O evento de inauguração do Complexo de Energias Boaventura marcou o início das operações de um importante empreendimento no estado do Rio de Janeiro. Localizado em Itaboraí, na região metropolitana do estado, o complexo inclui o gasoduto Rota 3, que trará gás natural do pré-sal, e a maior unidade de processamento de gás natural do Brasil.

Esse projeto, anteriormente conhecido como Comperj, enfrentou diversos obstáculos ao longo dos anos. As obras, que começaram há mais de uma década, foram paralisadas e posteriormente retomadas pela Petrobras. Com um investimento de US$ 13 bilhões, o complexo teve suas atividades adiadas por conta de problemas relacionados à operação Lava Jato, que investigou irregularidades envolvendo o empreendimento.

Durante a inauguração, Lula afirmou que o complexo representa não apenas um avanço tecnológico e industrial, mas também uma reparação para aqueles que sofreram injustamente com as denúncias da Lava Jato.

Lava Jato e a privatização da Petrobras

O presidente relembrou sua prisão no âmbito da operação Lava Jato, na qual foi condenado e ficou detido por 580 dias. Sua condenação foi posteriormente anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para Lula, a operação não tinha como principal objetivo combater a corrupção, mas sim desmoralizar a Petrobras e justificar sua privatização.

Segundo Lula, a Lava Jato prejudicou a imagem da empresa perante a sociedade brasileira. “A tentativa não era prender corruptos, mas desmoralizar a Petrobras aos olhos da sociedade brasileira para depois dizer: ‘vamos vender’”, afirmou. O presidente destacou que as denúncias contra a estatal serviram de pretexto para promover sua venda parcial.

Privatizações de estatais no governo anterior

O presidente também fez críticas ao governo anterior, que, segundo ele, tentou fatiar a Petrobras como forma de contornar dificuldades políticas para sua privatização. Lula explicou que, ao invés de vender a estatal de forma integral, o governo optou por vender ativos, como a BR Distribuidora.

Essa estratégia, de acordo com o presidente, visava evitar confrontos com o Congresso Nacional, que poderia se opor a uma privatização completa da Petrobras. Mesmo em um Congresso conservador, Lula destacou que haveria resistência para a venda total da companhia, o que levou à opção de vender partes da empresa.

Andriely Medeiros

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o PetroSolGas.

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