2023 deve registrar mais um ano de grandes investimentos na área de petróleo e gás. A expectativa é que o total resulte em mais de US$ 500 bilhões, levando as petroleiras a alcançarem lucros acima da média. Os investimentos globais em óleo e gás haviam decaído nos últimos anos, mas a expectativa é que esse ano seja de grande destaque para o segmento. Caso a tendência se confirme na prática, as petroleiras vão ser altamente favorecidas e devem alcançar lucros que ultrapassam a média com a qual estão acostumadas. Ao longo do ano, as expectativas serão cumpridas ou negadas.
O levantamento foi feito pela Rystad Energy, empresa norueguesa de pesquisa. Segundo a pesquisa feita, os investimentos nos segmentos de petróleo e gás devem resultar em aproximadamente US$ 500 bilhões. É um número surpreendente, que remete ao período pré-covid.
Além disso, segundo a pesquisa, as petroleiras também devem continuar com altos lucros. No entanto, em relação ao ano passado, poderá ser percebida uma leve diminuição, mas nada que possa ser prejudicial às empresas, de modo geral. É válido lembrar que o ano de 2022 foi marcado por preços altos de petróleo e gás, além de baixos investimentos na área, o que resultou em lucros recordes para as petroleiras. Em 2023, com mudanças no cenário, o faturamento deve ser menor, apesar de continuar acima da média.
Espen Erlingsen, chefe de pesquisa em upstream da Rystad fez alguns comentários sobre a pesquisa desenvolvida pela equipe: “Outra observação importante dos resultados do trimestre é a mudança de estratégia de algumas das principais empresas europeias. Empresas como a BP e a Shell reverteram algumas de suas estratégias agressivas de transição energética. O caso mais claro é a BP, a empresa agora está orientando maiores investimentos futuros em upstream e maior produção de petróleo e gás. Esta é uma evidência de que a segurança energética está tornando-se mais importante após a invasão da Ucrânia pela Rússia”, reforçou.
A expectativa é que, em 2023, sejam concluídas 60 rodadas. Até o momento, algumas já foram concluídas, dezesseis estão na etapa de terem suas licitações avaliadas, dezesseis estão abertas para licitação e as outras — totalizando 24 — estão em fase de planejamento.
Sobre o assunto, a Rystad Energy emitiu um comunicado analisando a situação: “As rodadas que ainda serão abertas têm maior risco e podem sofrer atrasos nas premiações reais, com resultados potencialmente no próximo ano. Para alguns países que têm séries frequentes — como Brasil, Indonésia, Paquistão, Estados Unidos, Canadá, Angola e Emirados Árabes Unidos — o licenciamento continuará conforme programado. Portanto, esperamos que o número de rodadas de licenciamento a serem concluídas este ano esteja no mesmo nível do ano passado, o que também afetará o nível de área concedida. A maioria das rodadas que provavelmente serão concluídas está em bacias maduras, portanto, esperamos que blocos de tamanho menor sejam concedidos em 2023, em contraste com áreas de fronteira onde extensões maiores geralmente são concedidas para exploração preliminar”.
Apesar da imprevisibilidade em relação às rodadas, a garantia no aumento dos investimentos em petróleo e gás em 2023 é fortemente assegurada pela pesquisa da Rystad Energy. Além disso, os lucros para as petroleiras, que continuarão recebendo valores acima da média, também ajudam a valorizar a área cada vez mais.
A Rystad Energy é uma das maiores empresas de consultoria independente da Noruega, além de ser a líder mundial em análise no segmento de petróleo e gás. Em outras palavras, trata-se de uma companhia que atua de forma independente com pesquisa em energia e outros setores.
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