Realizado pela ANP na quarta-feira, 13, o leilão de blocos de óleo e gás foi um sucesso entre as petroleiras Petrobras, Eneva e Shell. A Petrobras adquiriu 29 blocos na Bacia Pelotas em parceria com a CNOOC e Shell, enquanto ampliou sua parceria com a Shell em mais 26 áreas. A Shell, por sua vez, expandiu seu portfólio no Brasil, atingindo 68 contratos no Brasil. Por fim, a Eneva adquiriu 80% da área de Japiim na Bacia do Amazonas. Essas movimentações refletem o interesse das petroleiras na expansão da exploração de óleo e gás no Brasil nos próximos anos.
Petroleiras expandem portfólio com novos blocos de exploração no leilão da ANP
A Petrobras segue se destacando no setor de exploração de óleo e gás, após adquirir 29 blocos na Bacia Pelotas durante o leilão promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no 4º Ciclo de Oferta Permanente de Concessão. Os blocos P-M-1739, P-M-1737 e P-M-1797 foram licitados em colaboração com a CNOOC Petroleum Brasil Ltda (CNOOC) e a Shell. A estatal brasileira lidera o consórcio, detendo 50% da participação.
Além da parceria com a CNOOC, a Petrobras expandiu sua colaboração com a Shell, adquirindo 26 áreas adicionais de exploração. Desta vez, a Petrobras será a operadora, com uma participação de 70%, abrangendo blocos como P-M-1277, P-M-1279, P-M-1281, e muitos outros. O valor total do bônus de assinatura, que será pago em abril de 2024, gira em torno de R$ 116 milhões pela Petrobras.
A Shell, por sua vez, confirmou que o bônus de assinatura totalizará cerca de R$ 171 milhões, dos quais R$ 51 milhões se referem à sua participação nos projetos. Essa expansão e aquisição de novos blocos no leilão da ANP destaca o portfólio da Shell no mercado, que agora chega a 68 contratos de óleo e gás no Brasil. A empresa também reforça seu compromisso com o crescimento da exploração energética nacional nos próximos anos.
Além das duas petroleiras, a Eneva entrou no cenário do leilão com a aquisição de 80% da área de acumulação marginal de Japiim na Bacia do Amazonas, em consórcio com a Atem Participações (20%). O investimento total para assinatura, programado até 31 de maio do próximo ano, atingiu R$ 165 mil.
Pré-sal ganha espaço no 2º Ciclo da Oferta de Partilha do leilão da ANP
Além dos blocos de exploração adquiridos pela Petrobras, Eneva e Shell, blocos do pré-sal também foram ofertados no 2º Ciclo da Oferta de Partilha do leilão da ANP. Cinco blocos exploratórios foram ofertados, resultando na arrematação de apenas um deles — Tupinambá, localizado na bacia de Santos. A outorga estabelecida para o governo foi de R$ 7 milhões. A vencedora dessa disputa foi a britânica BP Energy, que ofereceu um valor 33% acima do mínimo exigido, apresentando uma proposta de 6,5% de excedente em óleo.
No regime de partilha, exclusivo para o pré-sal, as empresas são obrigadas a compartilhar parte de sua produção com o governo, sendo os barris entregues à estatal PPSA (Pré-Sal Petróleo SA) para posterior comercialização. O bloco de Tupinambá está previsto para receber investimentos da ordem de R$ 360 milhões. Contudo, por se tratar de uma área de exploração, pesquisas adicionais serão conduzidas para confirmar as reservas e avaliar a viabilidade da produção.
O 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha contou com a participação de seis empresas multinacionais, incluindo BP Energy, Chevron, QatarEnergy, Petronas, Shell e TotalEnergies. Assim, o leilão da ANP garantiu a grandes petroleiras do mercado, como a Shell, Petrobras e Eneva, ativos de diferentes áreas de exploração.
Conheça a Shell
A Shell está envolvida na exploração e produção de petróleo e gás em várias partes do mundo. Isso inclui operações offshore, projetos de areias petrolíferas, e atividades de exploração em terra. A empresa possui uma extensa rede de refinarias que convertem petróleo bruto em produtos refinados, como gasolina, diesel, lubrificantes e produtos petroquímicos. Além disso, a Shell é uma das maiores distribuidoras de combustíveis do mundo, com uma vasta rede de postos de gasolina.
