A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, está avançando em sua jornada para zerar o balanço líquido de gases causadores de efeito estufa até 2040. Para isso, a empresa está investindo R$ 54 milhões na implantação de biodigestores em nove processadoras de carne bovina da unidade Friboi. Essa iniciativa pretende reduzir as emissões de metano das operações industriais da JBS, ao mesmo tempo em que impulsiona a produção de energia limpa.
De acordo com executivos da JBS, esse é considerado o maior projeto do tipo na indústria de carnes do Brasil. A ideia é capturar as emissões de metano por meio dos biodigestores e utilizá-las para a produção de biogás, que possui diversas aplicações na geração de energia limpa.
Com a conclusão das obras dos biodigestores prevista para o próximo mês, a JBS estima uma redução de 65% das emissões escopo 1 do negócio da Friboi, representando uma diminuição de 24,6% nas emissões escopo 1 de todas as atividades do grupo no Brasil.
O biogás produzido pelos biodigestores poderá ser aproveitado de diferentes formas. Uma das possibilidades é a sua utilização na geração de vapor nas caldeiras das unidades, substituindo a biomassa.
O biogás também pode ser utilizado como fonte para geração de energia elétrica e como combustível para a frota de transporte da JBS, substituindo o diesel ou em sistemas híbridos. Com a captura de metano nas nove unidades da Friboi, a JBS conseguirá produzir aproximadamente 80 mil metros cúbicos por dia de biogás, quantidade suficiente para abastecer mais de 190 mil famílias.
A implantação dos biodigestores faz parte dos esforços da JBS para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Atualmente, quase 90% da matriz elétrica da empresa no Brasil já é proveniente de fontes renováveis de energia, graças à predominância das hidrelétricas no país.
A meta da JBS é atingir 60% de matriz elétrica renovável em todo o mundo até 2030 e 100% até 2040. Além dos projetos de biodigestores no Brasil, a JBS já implementou sistemas similares em 14 fábricas nos Estados Unidos e no Canadá, resultando em uma redução de 20% na demanda de gás natural e na eliminação de 650 mil toneladas de gases de efeito estufa por ano.
A JBS tem planos de expandir seus projetos de produção de biogás nos Estados Unidos, Canadá e México, além de investir em projetos semelhantes na Austrália. A empresa enxerga os biodigestores como uma forma eficiente de capturar as emissões de metano e transformá-las em energia limpa.
Embora não seja possível estimar o investimento total necessário para atingir a meta de emissões líquidas zero até 2040, a JBS está comprometida em adotar soluções tecnológicas cada vez mais acessíveis e inovadoras.
Os biodigestores são sistemas utilizados para a produção de biogás a partir da decomposição anaeróbica de resíduos orgânicos. Eles consistem em estruturas herméticas, geralmente em formato de tanques ou lagoas, onde os resíduos são depositados e submetidos a condições ideais para a ação de bactérias específicas, conhecidas como bactérias metanogênicas.
O processo de decomposição anaeróbica ocorre em quatro fases principais: hidrólise, acidogênese, acetogênese e metanogênese. O biogás produzido no biodigestor pode ser capturado e utilizado como fonte de energia renovável. Ele pode ser utilizado diretamente para a geração de calor, seja em caldeiras, aquecedores ou fogões, substituindo combustíveis fósseis como o gás natural ou o carvão.
Além disso, o biogás pode ser utilizado na geração de energia elétrica, por meio de motores a gás ou de células de combustível. Também é possível purificar o biogás, removendo impurezas como o dióxido de carbono, para obter o biometano, que possui qualidade semelhante ao gás natural e pode ser injetado diretamente na rede de distribuição de gás.
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