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Japão inova na exploração espacial: Lançamento do primeiro satélite de madeira do mundo junto com a NASA

Japão e NASA lançam primeiro satélite de madeira, marcando avanço na exploração espacial com o projeto.

by Andriely Medeiros
Japão e NASA lançam primeiro satélite de madeira, marcando avanço na exploração espacial com o projeto.

O Japão e a NASA lançaram o primeiro satélite de madeira do mundo, resultado de um projeto da JAXA (Japonesa de Exploração Aeroespacial) em colaboração com a agência espacial americana. Batizado de LignoStella Space Wood, o satélite, feito de magnólia grandiflora, promete reduzir detritos espaciais e riscos de colisões orbitais, além de contribuir para soluções ambientais. Os testes de resistência realizados a bordo da Estação Espacial Internacional demonstraram a durabilidade do material. Com potencial também para aplicações terrestres, o lançamento marca um avanço na exploração espacial sustentável.

Primeiro satélite de madeira do mundo é lançado pelo Japão

A corrida espacial tem sido marcada não apenas pela exploração do desconhecido, mas também pelo acúmulo de detritos orbitais em grande escala. Nesse cebário, o Japão e a NASA uniram forças em um projeto para o lançamento do primeiro satélite do mundo feito de madeira.

A iniciativa, liderada pela agência japonesa JAXA em colaboração com a NASA, surge como resposta ao problema crescente do lixo espacial. Batizado de LignoStella Space Wood, o projeto teve seu início em 2020, quando a Universidade de Kyoto enviou com sucesso amostras de madeira ao espaço para testes de resistência.

Durante mais de 40 semanas a bordo da Estação Espacial Internacional, diferentes tipos de madeira foram submetidos a condições extremas, como variações de temperatura, radiação e partículas solares. Após testes, a magnólia grandiflora, conhecida como hoonoki em japonês, se destacou pela sua durabilidade e manobrabilidade, sendo escolhida para a construção do satélite LignoSat2.

Satélite de madeira pode revolucionar a exploração espacial

A escolha da madeira para a fabricação do satélite não é apenas uma questão de inovação, mas também uma decisão ambientalmente consciente. Ao reentrar na atmosfera terrestre, satélites convencionais liberam detritos metálicos que podem representar riscos para o ambiente terrestre. No entanto, o LignoSat2, por ser feito de madeira, tem a capacidade de queimar quase completamente durante a reentrada, reduzindo a liberação de partículas metálicas.

Além dos benefícios ambientais, o LignoSat2 também promete contribuir para a redução do risco de colisões no espaço, um perigo crescente devido ao grande volume de detritos orbitais. Equipado com sensores para avaliar seu desempenho, o projeto do satélite de madeira está programado para ser lançado ainda nesse ano, marcando um avanço na busca por soluções sustentáveis na exploração espacial.

As descobertas e tecnologias desenvolvidas no âmbito do projeto LignoStella Space Wood também têm o potencial de ir além da exploração espacial. Estudos sobre a degradação da madeira em nível nanoscópico podem levar ao desenvolvimento de materiais de alto desempenho para diversas aplicações terrestres, contribuindo para a tecnologia futura.

Assim, o lançamento do primeiro satélite de madeira do mundo representa não apenas um marco na história da exploração espacial, mas também uma o compromisso do Japão e da NASA com a sustentabilidade espacial. 

Entenda com funcionam os satélites convencionais atualmente

Os satélites convencionais orbitam a Terra há décadas, realizando funções essenciais como comunicações, navegação e monitoramento climático. Eles são equipados com painéis solares para geração de energia, podendo transmitir e receber dados para e das estações terrestres. Além disso, os modelos atuais são construídos com materiais de ponta para suportar as condições do espaço, contando também com sistemas de propulsão para ajustar suas órbitas.

As informações coletadas são processadas e utilizadas em diversas áreas, desde previsão do tempo até auxílio em desastres naturais. No entanto, com o passar das décadas, os detritos espaciais provenientes do uso desses equipamentos se tornaram ponto de discussão na agenda ambiental. Agora, o novo projeto do Japão junto à NASA promete revolucionar esse cenário nos próximos anos.

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