A produção de energia no País poderá triplicar se as usinas eólicas offshore (instaladas no mar) forem instaladas. Essa projeção integra o estudo “Oportunidade e Desafios para Geração Eólica Offshore no Brasil e a Produção de Hidrogênio de Baixo Carbono”, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre o tema e que foi divulgada oficialmente nesta terça-feira, 12 em um evento integrante da pré-COP 28.
A extensa faixa costeira no Brasil e as condições favoráveis de vento no são indicadas pela publicação como justificativas para que o país invista nesse meio de produção de energia. Ainda segundo o documento, este plano compõe a estratégia industrial e a expansão de fontes renováveis de energia, compromissos feitos no Acordo de Paris, que visa a mitigação das mudanças climáticas.
De acordo com a pesquisa, caso as usinas eólicas offshore sejam efetivamente construídas, o Brasil teria uma capacidade produtiva de energia superior a 690 GW – valor superior aos 190 GW consumidos em março de 2023, conforme a Aneel. Com isso, o estudo indica que eia possível oportunizar a produção de hidrogênio de baixo carbono. Desta forma, seria possível usar o recurso no mercado doméstico e exportá-lo, ampliando a competitividade da indústria brasileira, prossegue o texto.
Aqui no Brasil, a área de implementação das offshores mapeada pela CNI está localizada em três regiões: Nordeste (Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte), Sudeste (Rio de Janeiro e Espírito Santo) e Sul (Rio Grande do Sul).
Essa cadeia produtiva já foi estabelecida pelo mercado europeu, referência no setor. Em países como Reino Unido, Alemanha, Dinamarca e Holanda haverá um crescimento acima dos 140 GW, até 2031, segundo o levantamento. Em três nações asiáticas, China, Taiwan, Coreia do Sul a previsão é de um alcance de 136 GW de geração de energia pelas offshores.
Apesar dos pontos positivos, a publicação indica algumas barreiras existentes no cenário atual. Sobretudo no contexto geopolítico e econômico, a persistência entre a guerra de Rússia e Ucrânia e o aumento nos preços dos equipamentos são fatores que prejudicam os investimentos no setor.
Há ainda como entrave o valor total do projeto. Conforme o estudo, o custo total da montagem é de cerca de US$ 2.850 (R$ 14.000) por kW, em razão das instalações e transporte das estruturas.
Um outro obstáculo se refere ao licenciamento ambiental obrigatório. Segundo dados do Ibama, reproduzidos no documento, o número de projetos iniciados no órgão, totalizam 176,5 GW de potência instalada. Sob à luz da Lei, foi aprovado no ano passado o Decreto n°10.946, que regula o uso e aproveitamento de espaços físicos e recursos naturais – como as águas da zona econômica exclusiva brasileira – sob posse da União para esta finalidade.
O estudo completo da CNI pode ser acessado neste link.
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