A VLI, operadora de ferrovias e terminais portuários, está planejando um investimento significativo de R$ 10,5 bilhões no Corredor Sudeste, com a meta de aumentar a movimentação de cargas na região em até 80% nos próximos 30 anos. Esse investimento no Corredor Sudeste faz parte de um pacote maior de R$ 24 bilhões, que será utilizado para renovar a concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). A renovação da concessão e os novos investimentos visam melhorar a infraestrutura de transporte ferroviário no Brasil, um dos setores essenciais para o escoamento das exportações do país.
Com o investimento de R$ 10,5 bilhões, a VLI espera que o Corredor Sudeste se torne ainda mais estratégico para o transporte ferroviário no Brasil. A ferrovia que integra essa rota conecta diversos estados e permite o acesso a importantes portos, como os de Santos (SP) e Tubarão (ES), facilitando o transporte de produtos como soja, milho e farelo de soja.
O Corredor Sudeste responde atualmente por aproximadamente 25% da carga transportada pela VLI, mas a expectativa é que, com esse investimento, a participação da região no total de movimentações da companhia aumente significativamente, contribuindo para a expansão do transporte ferroviário no país.
Fábio Marchiori, CEO da VLI, explicou que a antecipação da renovação da concessão da FCA é fundamental para acelerar os investimentos no Corredor Sudeste e melhorar a capacidade de transporte ferroviário. A empresa está trabalhando com o Ministério dos Transportes e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para avançar esse processo o quanto antes. A meta é concluir a renovação da concessão até março de 2026, mas a empresa já está buscando antecipar esse prazo para poder iniciar os investimentos o mais rápido possível.
O Corredor Sudeste, após o investimento de R$ 10,5 bilhões, deverá aumentar sua capacidade de transporte ferroviário, o que atenderá à crescente demanda por produtos brasileiros. O Brasil é um dos maiores exportadores de commodities como soja e açúcar, e a VLI quer garantir que as ferrovias estejam preparadas para transportar mais cargas e facilitar esse fluxo de mercadorias. A previsão é que o Corredor Sudeste experimente um crescimento de 80% no volume de cargas nos próximos 30 anos, o que é um avanço significativo para o setor ferroviário e para a VLI.
Além do Corredor Sudeste, a VLI também está investindo no Corredor Leste, que representa aproximadamente 50% do volume de carga transportado pela empresa. A empresa projeta um crescimento de 50% para esse corredor nos próximos 30 anos. No entanto, é o Corredor Sudeste que terá o maior aumento, com a previsão de um crescimento de 80% na movimentação de cargas, o que reforça sua importância para a empresa e para a economia nacional.
A VLI utilizará uma combinação de recursos próprios e financiamentos externos para viabilizar os R$ 24 bilhões de investimentos. A empresa possui mais de R$ 5 bilhões em caixa operacional e poderá aumentar seu endividamento, caso necessário.
Além disso, a companhia estuda a possibilidade de realizar um IPO no futuro para levantar mais recursos e financiar novos projetos de expansão e melhorias na infraestrutura ferroviária. A maior parte dos investimentos será concentrada na primeira metade dos 30 anos de concessão, e a VLI busca acelerar ao máximo esse processo.
A VLI também terá que arcar com R$ 5 bilhões adicionais, que serão usados para indenizações devido à devolução de trechos não operacionais da FCA. Esses valores serão destinados para novos investimentos na infraestrutura ferroviária, mas dependem da decisão do poder público para serem liberados. A empresa reforçou que os investimentos não se limitam apenas ao Corredor Sudeste, mas também incluem outras áreas da FCA, garantindo um impacto positivo em toda a rede ferroviária.
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