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Inauguração da biofábrica da Usina Caeté marca início de nova era na agricultura sustentável

A Usina Caeté, localizada em São Miguel dos Campos, Alagoas, deu um passo significativo em direção à sustentabilidade agrícola com a inauguração de sua nova biofábrica. Este projeto revolucionário, que envolveu um investimento inicial de R$ 6,8 milhões, promete inovar o combate a pragas e doenças nas lavouras de cana-de-açúcar através do uso de agentes biológicos.

Investimento estratégico na estrutura física e matéria-prima impulsiona agricultura sustentável

A biofábrica da Usina Caeté é um exemplo claro de como a tecnologia pode ser aliada da agricultura sustentável. Do total investido, R$ 3,2 milhões foram destinados à construção da estrutura física, enquanto R$ 3,6 milhões foram aplicados na aquisição de matéria-prima. Esta fábrica moderna possui capacidade de produção de 5 mil litros por dia, utilizando tecnologia de ponta em automação e logística. “O padrão industrial, automação e logística são diferenciais do projeto”, destacou Eloam Soares, engenheiro agrônomo da Caeté.

O superintendente agroindustrial da usina, Mário Sérgio Matias, explicou que o projeto da biofábrica nasceu dentro do conceito de agricultura regenerativa, que prioriza o uso de agentes biológicos para controlar pragas e doenças. “Fomos buscar conhecimento no mercado, realizando inúmeras visitas em usinas que já faziam uso desse conceito. Ao apresentarmos para a diretoria da Caeté e, sendo analisada a viabilidade do novo investimento, obtivemos a aprovação e demos início ao projeto”, afirmou Matias.

Tecnologia de ponta e automação avançada

A biofábrica não só se destaca pela capacidade de produção, mas também pela inovação em sua operação. Um dos destaques é a produção de fungos e bactérias, que serão utilizadas no controle de pragas e no estímulo ao crescimento vegetativo da lavoura canavieira.

A logística também foi cuidadosamente planejada, incluindo a aquisição de um caminhão refrigerado, que manterá a temperatura média de 15 °C para o transporte da cauda pronta para os tanques térmicos móveis e rebocados. “Teremos ainda um caminhão refrigerado, com temperatura média de 15 °C, que será responsável pelo transporte da cauda pronta para os tanques térmicos móveis e rebocados, de acordo com as operações”, detalhou Soares.

Para o superintendente Matias, a inauguração da biofábrica representa um marco significativo para a usina. “Temos plena convicção que este investimento representará um grande passo para que possamos alcançar um aumento de produtividade e melhoria na ponta final do processo, que é o nosso açúcar”, afirmou.

O diretor agroindustrial da Caeté, Luiz Magno Brito, também vê com otimismo a adoção das novas tecnologias. Segundo ele, a técnica “OnFarm”, que envolve a produção de insumos biológicos dentro da própria fazenda, substitui defensivos químicos e oferece inúmeros benefícios.

“A construção dessa fábrica e a definição dos acionistas demonstram a confiança no investimento, permitindo instrumentos de trabalho inovadores, visando buscar os melhores resultados e atingir os objetivos que garantirão a perenidade da empresa”, destacou o diretor administrativo Paulo Couto.

A base conceitual da nova biofábrica da Usina Caeté

O diretor-presidente da Caeté, Aryl Lyra, ressaltou a importância do projeto não só para a usina, mas para toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar em Alagoas. “É algo novo na cana-de-açúcar, mas resolvemos acreditar no projeto”, declarou Lyra, destacando o forte viés sustentável da iniciativa.

A biofábrica da Usina Caeté não apenas introduz uma nova era de inovação na agricultura local, mas também reafirma o compromisso da empresa com práticas sustentáveis e a busca constante por melhorias na produtividade agrícola.

A expectativa é que, com a utilização de agentes biológicos, a produção de cana-de-açúcar da Caeté atinja novos patamares de eficiência e qualidade, beneficiando toda a comunidade agrícola da região. Com essa nova biofábrica, a Usina Caeté se posiciona na vanguarda da agricultura sustentável, demonstrando ser possível aliar alta tecnologia, sustentabilidade e produtividade em um setor tão tradicional como o da cana-de-açúcar.

Andriely Medeiros

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o PetroSolGas.

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