O projeto foi nomeado o primeiro sistema de reator de biomecanismo escalável e é o resultado de uma parceria entre a Southern California Gas Co e a empresa alemã Electrochaea. Veja como eles descrevem o que sua instalação faz:
“Primeiro, a eletricidade renovável gerada pelo sol passa pelo eletrolisador, onde as moléculas de água são separadas em hidrogênio e oxigênio, preservando a eletricidade renovável na forma de hidrogênio gasoso. O recém-criado hidrogênio “verde” combina com o dióxido de carbono e é enviado a um reator onde os micro-organismos arcaicos produzem gás natural renovável, consumindo hidrogênio e dióxido de carbono e liberando metano ”.
Isso parece um pouco mais complicado do que o projeto de recuperação de metano promovido por seu operador Clean Energy Fuels como uma alternativa viável aos combustíveis fósseis. Também não está claro se o sistema do reator de biometanização será comercialmente viável. Em essência, no entanto, a ideia é armazenar metano em dutos para uso como combustível para gerar eletricidade em um momento posterior. O reator de metanação, portanto, é um tipo de armazenamento de energia. Se necessário, a energia – metano – é bombeada “para uso em residências, empresas e transportes”.
Segundo os parceiros que trabalharam com o Laboratório Nacional de Energia Renovável, cada 10 kWh de energia produz 5 a 6 kWh de eletricidade em equivalente de metano. O coeficiente de eficiência do sistema é de 50 a 60%. Mais importante, no entanto, você pode reciclar o dióxido de carbono de várias fontes. Isso inclui reatores anaeróbicos, como combustíveis limpos, operando em Vermont.
A captura de carbono é uma maneira de controlar essas emissões de gases de efeito estufa. A reutilização faz uma boa ação um passo à frente. No entanto, existe um problema: custo. As empresas de energia estão tentando encontrar uma maneira mais barata de capturar e armazenar ou reutilizar o dióxido de carbono, mas ainda precisamos ver um avanço nessa área. Não é de surpreender que a SoCalGas e a Electrochaea não estejam prestando atenção à redução dos custos de capital de seus sistemas de energia.
Segundo o CEO da Electrochaea, o sistema pode exceder o nível da bateria em seu jogo. “Com a SoCalGas e a NREL demonstrando a escalabilidade dessa tecnologia, em breve poderemos criar um armazenamento de energia renovável seguro e confiável que excede em muito a capacidade da bateria”, disse Mitch Hein em um comunicado à imprensa.
De fato, de acordo com seus autores, o projeto mostrou que o metano renovável pode ser armazenado na infra-estrutura de dutos existente “por períodos de segundos a meses”. Isso implica que o uso dessa infraestrutura permite que você armazene metano por vários meses, se necessário, mas esse não é o caso nos Estados Unidos. Por exemplo, no nordeste há uma falta de gasodutos. Em outras regiões onde a produção de gás fóssil é mais intensa, é provável que os dutos existentes sejam usados em plena capacidade, não deixando espaço para armazenamento de metano.
Em outras palavras, a tecnologia de metanação pode ser escalonável, mas sua escalabilidade não é ilimitada. Ele precisa de usinas de energia solar – embora não haja motivo para que ele também não trabalhe com energia eólica – e precisa de canos para armazenar metano.
Além disso, não é um verdadeiro sistema de armazenamento de energia. Não libera a energia que acumula na forma de eletricidade quando é necessária Não há menção ao fornecimento de metano para usinas de energia, embora isso possa fazer parte do desenvolvimento futuro do projeto.
A utilização de dióxido de carbono é certamente um empreendimento positivo. Usar energia renovável para produzir metano igualmente renovável também é bom. No entanto, altos custos de capital e complexidade do sistema podem não ser tão positivos. O projeto tem 24 meses para se provar comercialmente viável.
