INDÚSTRIA

Greve no Estaleiro Brasfels: trabalhadores reivindicam melhorias nas condições laborais

No início desta semana, o Estaleiro Brasfels, localizado em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, foi palco de uma greve protagonizada por seus trabalhadores. A paralisação, que começou na segunda-feira, dia 26 de junho, foi decidida em uma assembleia-geral convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis, após uma série de negociações infrutíferas com a empresa.

Reivindicações salariais e insatisfação com a proposta apresentada

Nas redes sociais dos trabalhadores, é possível identificar alguns dos principais pontos da negociação salarial que motivaram a greve. Segundo informações compartilhadas por um metalúrgico da Brasfels, a empresa propôs um aumento de 4,2% nos salários, acompanhado de um incremento de 4,2% no ticket de alimentação. Isso representaria um acréscimo de R$24,46, totalizando um valor de R$606,64 para o ticket.

No entanto, a insatisfação dos trabalhadores surgiu quando perceberam que o desconto de 10% do ticket de alimentação aumentaria para R$60,66, ou seja, o desconto seria maior do que o próprio aumento proposto pela empresa. A Brasfels ofereceu ainda um bônus de R$800, a ser pago em duas parcelas, uma em novembro de 2023 e a outra apenas em abril de 2024.

Intransigência da empresa e necessidade de aumento real

Em comunicado divulgado nas redes sociais, o Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis afirmou que a decisão de deflagrar a greve se deu em resposta à “intransigência da empresa em não oferecer um aumento justo, compatível com a realidade do Estaleiro”. Vale ressaltar que o Estaleiro Brasfels possui uma carteira de obras que se estende até 2026, o que, segundo o sindicato, não justifica a ausência de um aumento real para os trabalhadores.

Adesão de outros estaleiros à greve

Além do Estaleiro Brasfels, outras empresas do setor também aderiram à greve deflagrada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis. O Estaleiro Jurong, localizado no Espírito Santo, e o Grupo Seatriun, que pertence ao mesmo grupo empresarial do Estaleiro Brasfels, uniram-se aos trabalhadores na luta por melhores condições laborais e salariais.

Até o momento, a Estaleiro Brasfels não se manifestou oficialmente sobre a greve e as reivindicações dos trabalhadores. A falta de um posicionamento por parte da empresa tem aumentado a tensão entre as partes envolvidas e ampliado a expectativa por uma solução para o impasse.

Trabalhadores buscam por melhores condições de trabalho no Estaleiro Brasfels

A paralisação das atividades no Estaleiro Brasfels, motivada pela insatisfação dos trabalhadores com a proposta salarial apresentada pela empresa, é um reflexo da busca por melhores condições de trabalho e salários justos. A adesão de outras empresas do setor à greve demonstra a solidariedade e a união entre os trabalhadores, fortalecendo sua luta por melhorias.

Resta aguardar um posicionamento oficial da Estaleiro Brasfels e acompanhar os desdobramentos dessa greve, na esperança de que seja alcançado um acordo que atenda às demandas dos trabalhadores e promova uma relação saudável e produtiva entre a empresa e seus funcionários.

Histórico de greves no Estaleiro Brasfels

A recente greve no Estaleiro Brasfels não foi o primeiro episódio de paralisação enfrentado pela empresa. Em meados de 2016, os trabalhadores também se mobilizaram em busca de melhores condições laborais e salariais. Na ocasião, o Sindicato dos Metalúrgicos informou que 75% dos colaboradores aderiram à greve, deixando de comparecer ao trabalho durante a manhã.

Naquele momento, a motivação da greve era bastante similar à atual. Os trabalhadores manifestavam sua insatisfação com a proposta apresentada pelo estaleiro. Naquele período, eles demandavam um reajuste salarial de 8% e um ticket alimentação no valor de R$ 400. Além disso, alegavam que esse acordo já havia sido aprovado anteriormente, mas a empresa não havia cumprido com o combinado.

A greve se estendeu até um que houvesse um acordo entre os representantes

A greve de 2016 se estendeu até que um acordo fosse alcançado entre os representantes dos metalúrgicos e a direção da Brasfels. O desfecho da paralisação não foi divulgado de forma detalhada, mas é possível supor que tenha envolvido negociações e concessões de ambas as partes, resultando em um acordo satisfatório para os trabalhadores.

Marcelo Santos

Conhecido com marujo pelos amigos, Marcelo possui anos de trabalho no setor offshore, atuando sempre em Macaé e Região. Sempre esteve atento em todas as notícias que envolvem o setor de óleo e gás, tanta paixão o levaram a área da comunicação, sempre buscando informar aqueles que estão envolvidos no setor de óleo e gás e entusiastas que sonham com essa área. Contato: marcelosantos@petrosolgas.com.br

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