O Governo do estado da Bahia anunciou uma iniciativa ambiciosa para impulsionar a utilização de energia renovável nas escolas estaduais. Através da Secretaria de Infraestrutura (SEINFRA), o governo abrirá uma licitação para a contratação de 156 sistemas fotovoltaicos que serão instalados em escolas de tempo integral. O objetivo principal das usinas solares é reduzir significativamente as despesas com energia elétrica e promover uma transição para fontes de energia limpa nas escolas.
Através do Diário Oficial do Estado, a SEINFRA divulgou o edital para a instalação das usinas solares em escolas estaduais de tempo integral (ETIBs). A potência total a ser implantada é de impressionantes 47.612,05 kWp, o que representará um custo estimado de R$ 277,7 milhões em investimentos.
Atualmente, a Secretaria de Educação (SEC) gasta cerca de R$ 39 milhões anualmente com energia elétrica nas escolas, e espera-se que essa despesa seja drasticamente reduzida com a implementação das usinas solares.
Essa iniciativa demonstra o comprometimento do governo baiano em adotar medidas sustentáveis e reduzir as emissões de CO₂, uma vez que a energia solar é uma fonte limpa e não emite poluentes. O estado da Bahia é reconhecido por suas altas taxas de radiação solar, tornando a energia fotovoltaica uma opção particularmente vantajosa.
A utilização de energia limpa nas escolas traz uma série de benefícios significativos. Além da economia considerável nas despesas com energia elétrica, a implantação dos sistemas fotovoltaicos permitirá que as escolas tenham maior autonomia energética. Isso é especialmente relevante em um contexto de crescente preocupação com a crise climática e a necessidade de reduzir a dependência de fontes de energia não renováveis.
As usinas solares irão fornecer energia elétrica para diversos fins essenciais no ambiente escolar, como iluminação, climatização, recursos de tecnologia da informação, segurança e outros serviços. Com a energia renovável disponível, as escolas terão um ambiente mais propício para o aprendizado e o desenvolvimento de seus alunos.
Apesar do investimento inicial significativo, o governo da Bahia está confiante de que os benefícios a médio e longo prazo compensarão os custos. Estudos comparativos indicam que o tempo de retorno (payback) estimado para esse investimento está em torno de 6 anos. Após esse período, as escolas poderão desfrutar de uma redução de mais de 60% nas faturas de energia anuais, o que representará economia financeira substancial.
Além disso, a energia solar é uma fonte inesgotável e renovável, o que garantirá aos gestores educacionais a estabilidade nos custos de energia ao longo dos anos. Essa estabilidade é especialmente relevante ao se considerar as variações frequentes nos preços dos combustíveis fósseis.
Para a seleção das empresas que irão fornecer e implantar os sistemas fotovoltaicos, o governo da Bahia realizará um pregão eletrônico. Serão oferecidos quatro lotes e o critério de seleção será a apresentação da menor proposta. É fundamental que as empresas participantes comprovem experiência na implantação bem-sucedida de sistemas fotovoltaicos.
O vencedor da licitação também será responsável pela construção das usinas e pela capacitação de agentes do estado para executarem as manutenções necessárias, garantindo o pleno funcionamento e a durabilidade dos sistemas de energia limpa nas escolas.
Essa não é a primeira iniciativa do governo da Bahia em promover a geração de energia renovável. Nos últimos anos, o estado tem investido fortemente em projetos eólicos e solares, consolidando sua posição de destaque nesse setor.
Somente no primeiro semestre de 2023, a Bahia colocou em operação 41 novos parques eólicos e solares fotovoltaicos, com um investimento total de R$ 5,93 bilhões. Atualmente, o estado conta com 281 usinas eólicas e 69 parques solares em funcionamento.
O investimento em novos projetos também está em curso, com quatro usinas de energia solar em construção e 474 projetos aprovados para início das obras, representando um investimento de mais de R$ 72 bilhões. Já o setor eólico conta com 65 usinas em construção e 193 projetos prontos para iniciar a geração de energia, totalizando um investimento de R$ 62,75 bilhões.
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