A mineradora Aclara Resources, em parceria com o governo de Goiás, anunciou o investimento de R$ 2,8 bilhões para a execução do Projeto Carina, voltado para a extração de terras raras no município de Nova Roma, localizado no Nordeste goiano. O acordo foi formalizado na última quinta-feira (15), com o objetivo de transformar a região em um polo estratégico para o setor de mineração.
Projeto de terras raras da Aclara em Goiás
O Projeto Carina envolve a exploração de terras raras, minerais essenciais para diversas tecnologias modernas, desde smartphones até equipamentos de energia renovável. A expectativa é que o empreendimento seja construído em um prazo de dois anos, com o início da produção previsto para 62 meses após o início das obras. Com esse projeto, estima-se a criação de 5,7 mil empregos diretos e indiretos, o que promete impulsionar significativamente a economia da região.
A chegada da Aclara a Nova Roma é vista como uma oportunidade para revitalizar uma das áreas mais carentes do estado. “Com o empreendimento, o estado se tornará um importante polo do segmento de terras raras, sem causar nenhum impacto negativo ao meio ambiente”, afirmou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, destacando a importância do investimento para o desenvolvimento da região.
Empresa prepara formação e qualificação de mão de obra local
Um dos pilares do projeto é a capacitação da mão de obra local. A Aclara se comprometeu a estabelecer parcerias com instituições de ensino em Goiás, com o objetivo de formar e qualificar trabalhadores da região. A prioridade será dada à contratação de profissionais, produtos e serviços locais, promovendo o desenvolvimento econômico e social da comunidade de Nova Roma e arredores.
O vice-governador de Goiás, Daniel Vilela, reforçou a relevância desse investimento para o Nordeste goiano, uma das regiões que mais dependem do poder público para o seu desenvolvimento. “A chegada da Aclara Resources irá transformar Nova Roma, gerando empregos e oportunidades para a população local”, afirmou Vilela.
Aclara reforça sustentabilidade como prioridade no projeto de terras raras
A sustentabilidade é um dos pilares fundamentais do Projeto Carina. A Aclara, que já possui operações no Chile, traz para o Brasil uma abordagem de mineração que visa minimizar os impactos ambientais. A empresa se comprometeu a não utilizar explosivos em suas operações e a evitar a produção de resíduos líquidos. Além disso, o projeto não prevê a construção de barragens de rejeitos, uma prática comum na mineração, mas que representa riscos ambientais significativos.
A água utilizada no processo será tratada e reutilizada, com um índice de reaproveitamento de aproximadamente 95%. Segundo o diretor e CEO da Aclara, Ramón Gino Barúa Costa, o projeto é um exemplo de mineração sustentável e possui um papel estratégico na transição energética global. “Esse projeto tem a finalidade de acelerar o processo de licenciamento e desenvolvimento do Projeto Carina, sempre com foco no crescimento socioeconômico da região e na preservação ambiental”, afirmou Costa.
Tecnologia de ponta para garantir sucesso no investimento
O uso de tecnologia avançada é outro destaque do projeto. De acordo com o secretário de Indústria, Comércio e Serviços de Goiás, Joel Sant’Anna, a Aclara trará para Nova Roma soluções tecnológicas que minimizam os impactos ambientais e maximizam a eficiência da extração de terras raras. “O que está sendo feito aqui em Goiás é a evolução tecnológica de uma empresa altamente capacitada, que capta recursos na bolsa de valores e atua em um setor essencial para o futuro das energias renováveis”, afirmou Sant’Anna.
O impacto desse projeto vai além da economia local. Um estudo conduzido pela Aclara apontou que a instalação da unidade de extração de terras raras em Nova Roma tem o potencial de elevar o desenvolvimento social e econômico de toda a região, trazendo benefícios que vão desde a criação de empregos até o fortalecimento de infraestruturas locais.
