O BNDES aprovou um financiamento de R$ 290 milhões para a Adata, uma líder em semicondutores, visando impulsionar a produção de três novos circuitos integrados no Brasil. Esses semicondutores serão destinados a uma variedade de produtos, como notebooks, desktops, servidores, televisores, automóveis e celulares. O investimento faz parte do programa de inovação do BNDES, se alinhando também aos objetivos da Nova Indústria Brasil, que tem em vista reduzir a dependência tecnológica em produtos eletrônicos. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destaca a importância da iniciativa para expandir a produção de tecnologia no território nacional.
BNDES aprova financiamento para companhia de tecnologia Adata
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou recentemente a aprovação de um financiamento no valor de R$ 290 milhões para a Adata, uma gigante do setor de semicondutores. A iniciativa visa impulsionar a produção de três novos semicondutores no Brasil, destinados a diversos produtos, como notebooks, desktops, servidores, televisores, automóveis e celulares.
A operação faz parte do programa do banco que foca em financiar projetos de inovação. Ao longo de 2023, o BNDES destinou R$ 5,3 bilhões para a área, sendo a maior parte direcionada a operações diretas. O financiamento, proporcionado pelo Programa BNDES Mais Inovação, permitirá à Adata importar equipamentos sem similares nacionais. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que os investimentos buscam fortalecer a base de tecnologia do país, contribuindo para reduzir a dependência de importações.
Essa independência é essencial para a segurança tecnológica nacional. Além disso, o apoio está em sintonia com os objetivos da Nova Indústria Brasil, iniciativa do governo Lula que promete diminuir a dependência produtiva e tecnológica em produtos nano e microeletrônicos, incluindo semicondutores.
“Os investimentos vão fortalecer a base de tecnologia e contribuirão para tornar o país menos dependente de importações, o que é crucial para a segurança e a soberania tecnológica. O apoio está alinhado com os objetivos da Nova Indústria Brasil, política do governo Lula que tem como um dos seus objetivos reduzir a dependência produtiva e tecnológica em produtos nano e microeletrônicos e em semicondutores”, revelou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Adata se prepara para ampliar portfólio de tecnologia
Com o financiamento do BNDES, a Adata planeja ampliar seu portfólio de produtos, incorporando as mais recentes soluções de tecnologia que oferecem maior desempenho e velocidade de processamento de dados. A empresa também planeja investir R$ 374 milhões na produção de três novos circuitos integrados de memória (semicondutores), sendo 77% desse valor financiado pelos recursos do banco.
De acordo com o presidente da Adata, “o semicondutor é hoje estratégico para todos os países, sendo fator de vantagem competitiva e até de subsistência em um futuro breve”. Os novos circuitos integrados incluem o DDR5, que proporciona velocidade de até 8,4 Gbps, reduzindo em 20% o consumo de energia. O LPDDR5 é direcionado a notebooks e celulares devido à sua eficiência energética e dimensões reduzidas.
Já o uMCP será utilizado especialmente em smartphones, possibilitando a tecnologia 5G nesses dispositivos. Paulo Jr., presidente da Adata, ressaltou a importância dos semicondutores para todos os países, com foco no futuro da tecnologia. A Adata é atualmente uma das maiores fornecedoras mundiais de produtos de memória, e está se preparando para expandir a presença no mercado global com o financiamento do BNDES.
Conheça o BNDES
O BNDES, ou Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, é uma instituição financeira federal brasileira que desempenha um papel fundamental no apoio ao desenvolvimento econômico do país. Ele foi criado em 1952 com o objetivo de financiar projetos de longo prazo nas áreas de indústria, infraestrutura, agricultura e comércio. Recentemente, o BNDES anunciou um investimento de R$ 290 milhões para impulsionar a produção nacional de semicondutores, em resposta à crise global de componentes eletrônicos e à busca por autonomia tecnológica.