Na última quinta-feira, 24/11, a Assembleia Legislativa do Paraná concluiu a aprovação do projeto de lei que autoriza a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel).
Gás e energia: o avanço nas privatizações da Copel e Compagas
O comando da estatal entende a privatização da Copel como uma oportunidade de elevação de seu principal ativo de geração, a hidrelétrica Foz do Areia, de 1.676 MW, visto que sua concessão expira em dezembro de 2024.
Contudo, a oposição tenta impedir a privatização, já que não concordam com a liquidação da estatal do Paraná. Para a Copel, a renovação do contrato da hidrelétrica Foz do Areia é extremamente relevante. Visto que também é uma etapa importante para a privatização da Compagas, que é a concessionária de gás paranaense controlada pela Copel.
Uma nova empresa no mercado de energia elétrica
A privatização da Copel foi anunciada em menos de um mês após a operação de mercado de capitais do estado do Paraná, que objetivava otimizar a participação da empresa, inicialmente. Assim sendo, mais uma corporativa no setor de energia deve ser criada, considerando os moldes da Eletrobras e da Vibra.
A maior empresa do setor
De acordo com informações oficiais, o objetivo do processo é fazer com que a Copel se torne a maior empresa de energia elétrica do Brasil. A ação PNB da Copel tem subido desde o surgimento da notícia.
Sobre o modelo de privatização
O modelo da privatização da Copel prevê que o Estado fique com cerca de 15% do capital total da empresa e 10% das ações com direito a voto. Dessa forma, o governo busca recursos para os investimentos, valorizando as ações da Copel.
Atualmente, o estado do Paraná tem mais de 31% do capital total da empresa, sendo 69,7% das ONs e 6,9% das PNs da Copel. Além disso, o BNDES deseja vender a sua participação na Copel. Visto que é um acionista importante dentro do mercado. O market cap da Copel é de R$ 23,4 bilhões.
Ação preferencial
A operação da Copel segue as mesmas diretrizes utilizadas pela Eletrobras, prevendo, por exemplo, a criação de uma ação preferencial especial detida pelo Estado e que terá poder de veto. Além disso, nenhum acionista poderá votar com mais de 10% das ações dentre diversos outros apontamentos.
Privatização da Compagas fica para 2023
A Compagas, Companhia Paranaense de Gás, é a empresa responsável pela distribuição de gás natural no Paraná, atendendo clientes dos segmentos residencial, comercial, industrial e veicular, segundo definição oficial.
A privatização da Compagas está prevista para 2023, considerando os diversos atrasos na renovação da construção. O Governo Estadual pretende antecipar a extensão do contrato para mais 30 anos. Visto que o vencimento ocorreria em 24 de julho de 2024, sendo um passo relevante para a desestatização.
Fipe
Segundo informações da Casa Civil do Governo do Paraná, novas informações foram solicitadas à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que estuda a renovação contratual. A Fipe estendeu o contrato da possível renovação da Compagas para o segundo semestre de 2023.
A Casa Civil destaca que essa solicitação ocorreu em virtude do instável cenário econômico atual e a constante oscilação no mercado de gás. Portanto, a viabilização para a privatização em 2022 não foi possível, conforme previsto inicialmente.