Durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou uma proposta que visava a criação de um fundo internacional para a preservação da Amazônia. A proposta de Marina Silva, que recebeu tanto elogios quanto críticas, busca uma maior colaboração internacional para garantir que a floresta, o maior bioma tropical do mundo, seja preservada de maneira eficaz. Ela acredita que a preservação da Amazônia deve ser tratada como um compromisso global, com a contribuição de vários países para manter a floresta intacta.
O papel de Marina Silva na proposta
A região desempenha um papel essencial não apenas no Brasil, mas em todo o planeta, ao regular o clima global. Marina Silva enfatizou a importância da Amazônia ao destacar sua contribuição na produção hídrica natural que afeta o regime de chuvas de grande parte da América Latina.
A evaporação diária de bilhões de toneladas de água pela floresta influencia diretamente o clima, beneficiando a agricultura e a economia de muitos países. Em seus discursos, Marina Silva ressaltou que a preservação da Amazônia precisa ser vista como um investimento e não como um custo. Para ela, a Amazônia deve ser reconhecida não apenas por sua biodiversidade, mas também pelos serviços ecológicos que oferece ao mundo.
Em Davos, Marina Silva também defendeu que a preservação da Amazônia não deve depender exclusivamente de recursos financeiros do Brasil. Ela propôs a criação de um fundo internacional permanente para garantir que a Amazônia seja preservada de maneira sustentável. A proposta de Marina Silva seria um passo em direção à colaboração internacional para assegurar que os países que se beneficiam dos serviços ecossistêmicos da Amazônia também contribuam para sua preservação. Assim, a criação do fundo internacional se tornaria uma forma de reconhecer o valor da Amazônia de maneira global.
A proposta de fundo internacional para a preservação da Amazônia
A proposta de Marina Silva de criar um fundo internacional para a preservação da floresta foi recebida com cautela. Por um lado, alguns veem a proposta como uma forma de garantir a preservação da Amazônia com apoio de vários países, mas, por outro, críticos questionaram a viabilidade de tal fundo e a eficácia da implementação.
Marina Silva defendeu a ideia de que o fundo permitiria aos países contribuintes participar de decisões sobre a preservação da Amazônia, garantindo que ela fosse protegida de maneira sustentável.
A criação de um fundo internacional também foi vista como uma maneira de lidar com o financiamento da preservação da Amazônia, algo que tem sido um desafio constante para o Brasil. A Amazônia, devido à sua importância global, precisa de investimentos constantes para ser preservada, o que torna a colaboração internacional uma solução viável. Marina Silva destacou que a Amazônia não pode ser tratada como um recurso finito, mas como uma fonte de valor ecológico e econômico para todo o planeta.
Críticas comparações com outros países
Durante o Fórum, Marina Silva também abordou as metas ambientais de outros países da América Latina. Em conjunto com o presidente colombiano Gustavo Petro, ela discutiu as metas para a região, como o desmatamento zero até 2030 no Brasil e a redução da extração de petróleo e gás na Colômbia. No entanto, a ministra foi criticada por omitir problemas internos, como os incêndios florestais que ocorreram em 2024. Enquanto ela se concentrou nos dados de 2023, que indicaram uma redução no desmatamento, a ausência de menção aos incêndios levantou questões sobre sua gestão da preservação da Amazônia.
A proposta de Marina Silva também envolveu reuniões bilaterais com representantes internacionais, como o secretário-executivo da ONU, Simon Stiell, e o empresário Bill Gates, para buscar mais apoio para sua proposta. No entanto, a falta de uma solução imediata para os problemas internos do Brasil com a floresta gerou divisões de opinião.