FPSO Anita Garibaldi entra em produção para operar no pós-sal e pré-sal dos campos de Marlim e Voador

Em janeiro deste ano, o FPSO Anita Garibaldi MV33 chegou ao Brasil, onde estava previsto seu comissionamento final em um estaleiro no estado do Espírito Santo. A embarcação de petróleo saiu do estaleiro DSIC Marine Yard, na cidade de Dalian, na China, e seguiu rumo ao destino final em outubro de 2022. O FPSO Anita Garibaldi foi desenvolvido pela Modec.

FPSO atua no pós-sal e pré-sal dos campos de Voador e Marlim

Segundo a Petrobras, o FPSO Anita Garibaldi entrou em atividade no setor de petróleo em 16 de agosto de 2023, sendo a segunda unidade desde maio de 2023, que atuará no pós-sal e pré-sal dos campos de Marlim e Voador.

O primeiro dos dois FPSOs que compõem este projeto, que entrou em atividade em maio deste ano, foi o FPSO Anna Nery. Essas duas embarcações estão planejadas para serem conectadas a 75 poços para ampliar a produção dos depósitos dos campos até 2048. 

As duas FPSOs têm capacidade conjunta de produção de até 150 mil barris de petróleo por dia (bpd) e capacidade de processamento de até 11 milhões de m³ de gás. As embarcações substituirão nove plataformas que atuavam na Bacia de Campos: P-18, P-19, P-20, P-26, P-32, P-33, P-35, P-37 e P-47, que serão desativadas.

Segundo o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, o FPSO Anita Garibaldi e Anna Nery, que também iniciaram suas operações, são essenciais para ampliar a longevidade da Bacia de Campos e ampliar sua produção. Paralelamente, estão equipadas com tecnologias atualizadas para reduzir as emissões de gases poluentes, aliando eficiência e descarbonização.

FPSO Anita Garibaldi pode produzir até 80 mil barris de petróleo por dia

Com capacidade para gerar até 80 mil barris de óleo por dia (bpd), o FPSO Anita Garibaldi, que atuará no pós-sal e pré-sal, pode processar até 7 milhões de m³ de gás por dia. Ao produzir o número de plataformas em atividade nos dois campos, as emissões de gases de efeito estufa serão reduzidas pela metade.

A expectativa é que o projeto de revitalização de Marlim e Voador, aliado a projetos complementares de desenvolvimento e projetos de revitalização de outros campos, contribua para ampliar a produção da Bacia de Campos de aproximadamente 565 mil boed para 920 mil boed em 2027.

Segundo Prates, após mais de 40 anos desde que começou a produzir, a Bacia de Campos continua se renovando e desempenhando um papel estratégico para o Brasil, lançando novos projetos e gerando novas oportunidades.

Conheça o FPSO que atua no pós-sal e pré-sal

A Operação da embarcação de petróleo compõe o projeto de revitalização do cluster de Marlim. O campo é operado pela Petrobras e localizado na Bacia de Campos, no norte do estado do Rio de Janeiro, a 150 km da costa. Os poços de petróleo estão a uma profundidade de água de aproximadamente 670 m.

A MODEC é responsável pela engenharia, construção, compra, afretamento de mobilização e operações do FPSO, incluindo equipamentos de processamento topsides, assim como sistemas marítimos e de casco. A SOFEC, empresa do grupo MODEC, projetou e forneceu o sistema de amarração para a unidade flutuante.

O FPSO possui capacidade de processar 80 mil barris de petróleo bruto por dia, 248 milhões de pés cúbicos padrão de gás por dia, 390 mil barris de injeção de água diária com capacidade mínima de armazenamento de 1 milhão de barris de petróleo por dia. Esta é a 16ª embarcação FPSO/FSO que a MODEC fornecerá no Brasil, assim como a 6ª embarcação da MODEC na Bacia de Campos desde que a empresa começou a atuar na região em 2003.