O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) informou que recebeu uma notificação da Petrobras sobre a desmobilização e o fim das operações da plataforma P-31, localizada no campo de Albacora, na Bacia de Campos. A entidade sindical espera ter acesso aos estudos econômicos que justificam essa decisão e manter um canal de diálogo sobre as condições de transferência dos trabalhadores.
Notificação e reações do Sindipetro-NF
Segundo Alexandre Vieira, diretor do Sindipetro-NF, a decisão da Petrobras se baseia em um estudo que considera a operação da P-31 economicamente inviável. “A gente vem infelizmente trazer a notícia da desmobilização da P-31, devido a um estudo que eles [da Petrobras] colocaram para nós que não seria economicamente viável o retorno da produção na unidade. Nós solicitamos que este estudo seja apresentado ao sindicato e questionamos como vai ser o futuro dos trabalhadores e das trabalhadoras da plataforma”, afirmou Vieira.
O diretor destacou a importância de manter os trabalhadores informados e envolvidos no processo. Ele solicitou às pessoas que trabalham na plataforma que atualizem constantemente o sindicato sobre as transferências. “Vamos continuar lutando para que a Petrobras seja brasileira, com unidades brasileiras e produzindo para um Brasil melhor. Vamos continuar na luta e, qualquer coisa, os trabalhadores da plataforma podem entrar em contato conosco. A gestão acordou conosco de ter um canal de diálogo sobre essa mobilização dos trabalhadores que vão ter que ir para outra unidade”, concluiu.
Histórico da Plataforma P-31
A P-31, que opera no campo de Albacora, já enfrentou problemas anteriormente. Em julho do ano passado, a plataforma sofreu o rompimento de duas amarras em seu sistema de ancoragem. Esse incidente levantou preocupações sobre a segurança e a viabilidade da operação contínua da unidade.
Planos futuros da Petrobras
A desmobilização da P-31 faz parte de um plano mais amplo da Petrobras para modernizar suas operações na Bacia de Campos. A empresa planeja substituir as plataformas P-31 e P-25 por uma nova unidade de produção, um FPSO (Floating Production Storage and Offloading) que irá operar em uma lâmina d’água de 670 metros.
O novo FPSO será interligado a 29 poços, sendo 18 produtores e 11 para injeção de água. Esse projeto de revitalização do campo inclui o desenvolvimento da produção do reservatório de Forno, localizado na camada do pré-sal. Houve uma tentativa por parte da Petrobras de fazer uma licitação para a contratação dessa unidade nova, mas a concorrência foi cancelada após negociações frustradas com as empresas BW Offshore e Ocyan.
Impacto para os trabalhadores
A principal preocupação do Sindipetro-NF é com o futuro dos trabalhadores da P-31. O sindicato está buscando garantir que as transferências sejam feitas de maneira justa e que os direitos dos trabalhadores sejam preservados. Alexandre Vieira enfatizou a importância de manter um canal de diálogo aberto com a Petrobras para discutir essas questões.
Os trabalhadores da P-31 são fundamentais para a operação e manutenção da plataforma, e sua transferência para outras unidades deve ser feita com cuidado para minimizar os impactos negativos. O Sindipetro-NF continuará monitorando a situação e lutando pelos direitos dos trabalhadores.
Conheça mais sobre a Petrobras
A Petrobras é uma das maiores empresas de energia do Brasil, fundada em 1953 com o objetivo de desenvolver a indústria de petróleo e gás no país. A companhia é controlada pelo governo brasileiro e tem uma presença significativa na exploração e produção de petróleo, refino, comercialização e transporte de petróleo e seus derivados.
A Petrobras é conhecida por suas operações na Bacia de Campos, onde está localizada a plataforma P-31. A empresa tem investido em tecnologias de ponta para explorar e produzir petróleo em águas profundas e ultraprofundas, incluindo a camada do pré-sal, uma das maiores descobertas de petróleo do mundo nas últimas décadas.
Além de suas operações no Brasil, a Petrobras também atua internacionalmente em países como Estados Unidos, Argentina, Nigéria e Angola. A companhia está comprometida com a sustentabilidade e a responsabilidade social, implementando projetos que visam reduzir seu impacto ambiental e contribuir para o desenvolvimento das comunidades onde opera.
A Petrobras enfrenta desafios constantes no setor energético, incluindo flutuações nos preços do petróleo, mudanças regulatórias e a transição para fontes de energia mais limpas. No entanto, continua sendo um pilar importante da economia brasileira e um player global no mercado de energia.