A ExxonMobil e mais três produtores de petróleo do Mar do Norte anunciaram que haverá uma cooperação para captura e armazenamento de carbono (CCS, sigla em inglês) offshore, em larga escala no projeto L10.
Em parceria com outras duas petroleiras, a ExxonMobil planeja compartilhar a infraestrutura já existente e finalizar um projeto até o final de 2022, com o intuito de armazenar até 5 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, em Campos, na costa holandesa.
Segundo o diretor administrativo da Neptune Energy na Holanda, Lex de Groot, a parceria com a ExxonMobil e outras petroleiras vão viabilizar uma das maiores instalações de armazenamento de carbono do Mar do Norte. Uma pesquisa realizada pela Carbon Management Research Initiative, da Universidade de Columbia, indicou que grande parte das rotas de cooperação para captura e armazenamento de carbono possuem um custo estimado de produção 2,5 a 7,5 vezes maior do que o valor final de venda do produto.
Ainda não foram divulgados maiores detalhes a respeito do financiamento do L10, no entanto, de acordo com os produtores de petróleo, esta fase do projeto de captura e armazenamento de carbono tornará viável o armazenamento de 4 a 5 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) anual para clientes da indústria, em campos de gás esgotados ao redor das áreas operadas pela Neptune.
No começo de Junho, a Fugro publicou quatro maneiras de viabilizar o uso simultâneo de áreas do Mar do Norte, com o desenvolvimento de parques eólicos offshore e soluções de armazenamento de carbono. Agora, com projetos de grande dimensão em andamento, a região irá ser peça chave no fornecimento de energia com baixo carbono aos países europeus. Uma outra grande aposta do setor é o hidrogênio verde.
A startup britânica bp e a francesa TotalEnergies falaram sobre investimentos em projetos de produção do novo combustível. Há uma semana atrás, bp adquiriu ações de 40,5% e se tornou operadora do Asian Renewable Energy Hub (AREH).
O AREH tem potencial para ser mundialmente um dos maiores hubs na área de energia renovável e hidrogênio verde. O AREH, que fica na Austrália, tem o intuito de fornecer energia renovável à clientes da maior região de mineração da Austrália, além de produzir hidrogênio e também amônia verde, destinados ao mercado doméstico australiano e à exportação.
A TotalEnergies irá adquirir uma participação de 25% na Adani New Industries, que é uma plataforma de produção e comercialização de hidrogênio verde na Índia.
No Brasil, o Conselho Nacional de Política Energética – CNPE aprovou na última quinta-feira, dia 23, o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) e sua respectiva governança.
A proposta inicial havia sido apresentada por representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), em agosto de 2021. Porém, agora será formado um comitê que possa gerenciar o programa, dando todas as orientações e criando estratégias que poderão ser implementadas a partir da organização de câmaras que tratam desses assuntos.
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