De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), os leilões de energia existente A-1 e A-2 negociaram 205 megawatts (MW) médios.
Segundo destaca a informação oficial, a negociação movimentou cerca de R$ 400 milhões. Os leilões foram realizados nesta sexta-feira (2). De acordo com a CCEE, esse valor em milhões se refere aos contratos relacionados ao fornecimento de energia elétrica entre janeiro de 2023 e dezembro de 2025.
As distribuidoras de energia precisam realizar a reposição de contratos em curto prazo, sendo assim, os leilões de energias dos tipos A-1 e A-2 se destinam ao atendimento do mercado regulado. As empresas que negociaram energia repassaram cerca de 61 MW médios de energia.
As distribuidoras Celpa e Cemar, do grupo Equatorial Energia, e CPFL Jaguari, da CPFL, compraram energia das empresas Indra Energia, Libertha e Safira. No certame A-2 com deságio de 12,03%, foram comercializados 144 MW médios.
Os leilões referentes à energia elétrica são realizados a partir de concessões de novas usinas. Sendo assim, de forma sucinta, os contratos são fechados para o fornecimento de energia elétrica, considerando a demanda futura.Por isso, os leilões relacionados à energia elétrica são muito importantes para a sustentabilidade do setor elétrico nacional.
O processo licitatório ocasiona um leilão de energia elétrica, sendo assim, trata-se de uma concorrência promovida através do poder público para que se obtenha energia elétrica dentro de um contrato futuro, de acordo com cada edital. Esse tipo de garantia futura pode ocorrer através de linhas de transmissão até os consumidores, energia gerada em usinas, construção de novas usinas, dentre diversas outras possibilidades.
Os leilões no setor elétrico ocorrem para que o fluxo de oferta e consumo de energia seja equilibrado. Pois, caso não houvesse os leilões de energia, os riscos de faltar energia e de racionamento para o consumidor final seriam exponencialmente elevados.
Além dos aspectos operacionais, os leilões também definem preços contratuais. Considerando que a participação das fontes de energias utilizadas na geração impactam diretamente a matriz energética do Brasil. Além disso, todo esse processo impacta no valor pago pelo cliente final. De forma sucinta, as três fontes de energia elétrica são divididas de acordo com o empreendimento, considerando os novos empreendimentos e os já existentes.
Os leilões relacionados à energia elétrica existentes se destinam às distribuidoras, considerando o ano subsequente a contratação, por isso é denominado A-1. Os leilões relacionados à energia nova se destinam à contratação de energia oriunda de usinas que estejam em construção e poderão fornecer energia em três ou 5 anos a partir da contratação. Por isso, são denominados A-3 ou A-5.
Os custos do capital dos empreendimentos existentes são menores quando comparados a novos empreendimentos, já que os mesmos ainda não foram amortizados. Portanto, os leilões de energia elétrica são necessários para o equilíbrio econômico de consumo e da concorrência do setor elétrico, principalmente considerando que novas fontes de energia elétrica tendem a fazer parte desse processo.
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