A brasileira Enauta adiou, na última quinta-feira, 12, o reinício da produção em sua plataforma flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) no campo de Atlanta para novembro de 2023 devido a desafios técnicos, incluindo problemas no sistema elétrico de bombeamento submarino. A empresa está comprometida em melhorar a eficiência da plataforma, tendo substituído componentes e investido em tecnologia para garantir a retomada bem-sucedida da produção. Além disso, ela está com expectativas de começar a produzir petróleo e gás no FPSO Atlanta em agosto de 2024, expandindo de seis para dez poços até 2029.
Empresa de petróleo e gás enfrenta desafios na produção do campo de Atlanta com plataforma FPSO
A gigante brasileira do setor de petróleo e gás, Enauta, enfrentou desafios significativos em sua plataforma FPSO do campo de Atlanta, localizada em águas profundas na Bacia de Santos. Originalmente programada para retomar a produção em setembro de 2023, a empresa anunciou recentemente que a retomada agora está prevista para novembro do mesmo ano. Este adiamento ocorreu devido a uma série de obstáculos enfrentados pela Enauta, com a principal causa relacionada ao sistema elétrico de bombeamento submarino.
A plataforma FPSO do campo de Atlanta é uma parte fundamental da operação da Enauta, produzindo petróleo e gás desde 2018. No entanto, sua produção foi interrompida em meados de 2023 devido a problemas técnicos recorrentes nos equipamentos de bombeamento submarino, que fazem parte do sistema de produção antecipada (SEP) do campo de Atlanta. A Enauta identificou que as falhas repetitivas estavam concentradas no sistema elétrico de bombeamento submarino, forçando a empresa a interromper temporariamente a produção.
Após intensos esforços e testes de novos componentes, a expectativa era de que a produção fosse retomada em outubro de 2023. Durante a interrupção, a Enauta realizou um esforço significativo para resolver os problemas técnicos na plataforma FPSO. Foram substituídos componentes elétricos dos equipamentos de bombeamento submarino, e a empresa esperava que o primeiro conjunto de bombeamento estivesse pronto para instalação na última semana de outubro.
No entanto, a data de reinício da produção foi novamente adiada para novembro de 2023, sujeita à disponibilidade dos navios de apoio e às condições do mar. Em um esforço para aumentar a confiabilidade do sistema de bombeamento submarino, a Enauta contratou um módulo de bombeamento com tecnologia diferenciada. A instalação desse módulo está prevista para janeiro de 2024, demonstrando o compromisso da empresa em superar os desafios técnicos e melhorar a eficiência da plataforma FPSO no campo de Atlanta.
Campo de Atlanta é destaque da Enauta na produção de óleo e gás
Localizado no bloco BS-4 da Bacia de Santos, em lâmina d’água de 1.500 metros, o campo de Atlanta é uma das joias da coroa da Enauta Energia. A empresa opera 100% deste ativo, o que ressalta sua importância estratégica na produção de petróleo e gás no Brasil.
A história da plataforma FPSO Atlanta tem suas raízes em 2022, quando a Enauta adquiriu o FPSO OSX-2, conhecido como FPSO Atlanta, para o Full Development System (FDS) de Atlanta. Essa aquisição marcou um importante passo na evolução da empresa no setor de petróleo e gás.
No último mês, a Enauta iniciou a campanha de ancoragem do FPSO no campo Atlanta, que envolve a instalação de estacas de fixação para os risers flexíveis e as âncoras de torpedo do sistema submarino. Essa etapa é crucial para a preparação do sistema antes do reinício da produção.
Apesar dos desafios enfrentados pela Enauta, a empresa está determinada a superá-los e a retomar a produção com sucesso em novembro de 2023. Agora, o primeiro óleo da plataforma FPSO Atlanta está previsto para agosto de 2024, com seis poços operacionais, aumentando para dez poços até 2029.