Empresa desenvolve navio para o transporte marítimo de cargas, autônomo e voador

A Flying Ship Company, sediada no estado de Virgínia, nos Estados Unidos, está trabalhando em um novo tipo de navio autônomo destinado ao transporte marítimo de cargas, e que é “voador”. O navio trás essa característica por ser uma inspiração soviética, devido ao uso da tecnologia Ekranoplan, que parte do princípio aerodinâmico do conhecido como “efeito solo”, que dá a impressão de que se está voando sobre a água.

Saiba mais sobre o novo ‘navio voador’ destinado ao transporte marítimo

Basicamente, o projeto do navio autônomo é um trabalho baseado nos conceitos referenciais do final da década de 1960, porém com a aplicação de uma estrutura totalmente atualizada em termos de tecnologia, materiais e até em motores elétricos.

No site da Flying Ship Company, a companhia afirmou que o navio voador trará uma alternativa rápida e muito mais econômica às operações offshore tradicionais, podendo ser até 10 vezes mais rápido que um navio convencional. Segundo representantes da Flying Ship Company, os Flying Ships com patente pendente irão revolucionar drasticamente o setor de logística mundial, juntamente com a propulsão elétrica híbrida e aerodinâmica do século XXI.

De fato, a integração desses conceitos diminui bastante o custo do veículo, além de melhorar a eficiência do combustível e reduzir as emissões de dióxido de carbono, o CO2.

Navio autônomo e voador

Para melhor entendimento das características aplicadas ao navio, nada mais é que um efeito solo responsável por sustentar o conceito do navio voador, que oferece uma redução no arrasto e usa downwash das asas, criando um tipo de almofada de ar abaixo delas, criando esse efeito de elevação.

Com o veículo elevado, ocorre a diminuição no uso de energia, estimado entre 30 a 50%, se for comparado a aeronaves convencionais ao transportar a mesma carga de peso. O navio voador está sendo elaborado especificamente para o transporte marítimo de cargas, já que ele foi totalmente pensado para não precisar de tripulação à bordo, por possuir uma tecnologia autônoma de ponta.

No entanto, na fase inicial, a companhia reforça que os navios elétricos serão semi-autônomos, tendo cerca de dez metros de comprimento para executar operações na infraestrutura marítima existente, por meio de marinas, praias e rampas para barcos que já se encontram em operação. Em questão de alcance, a companhia estima que pelo menos 500 milhas náuticas (500 milhas = 926 km) por carga. E por falar em carga, a capacidade de carga poderá transportar até 1.200 kg.

Próximas gerações de possíveis navios voadores

Já que são classificados como embarcações marítimas, os veículos não são regidos por reguladores federais do espaço aéreo, mesmo apesar das características de “navio voador”, algo que pode beneficiar uma entrada muito mais rápida no mercado, com custos menores de operação e desenvolvimento.

De acordo com a companhia, nesse momento estão sendo projetadas as próximas gerações, que não serão apenas totalmente autônomas, mas também serão maiores e poderão utilizar tecnologias alternativas de propulsão verde, com o intuito de duplicar o alcance e aumentar significativamente a capacidade de carga em até 2.700 kg, ou mais. Mas isso, só os projetos futuros vão dizer.