A busca por soluções de energia limpa e renovável tem crescido cada vez mais no mundo inteiro. Nesse contexto, a energia eólica tem ganhado espaço como uma alternativa viável e sustentável. No entanto, um dos desafios enfrentados no setor é a construção de torres eólicas, que demanda altos custos e construções robustas.
Mas uma empresa brasileira, a Metalvix Engenharia, sediada em Vitória (ES), desenvolveu uma tecnologia baseada no conceito de tensegridade que promete revolucionar o mercado de energia eólica, reduzindo os custos e ampliando as possibilidades de instalação de torres eólicas.
A Metalvix Engenharia criou um sistema de ancoragem de torres eólicas baseado no conceito de tensegridade, que utiliza tração e compressão para dar estabilidade à estrutura. Com isso, a empresa reduziu significativamente a necessidade de volumes de concreto nas bases, o que antes era uma exigência para garantir a estabilidade das torres.
Com essa nova tecnologia, a empresa conseguiu reduzir em até 30% o custo do investimento em torres eólicas. A tecnologia possibilita a instalação de torres eólicas em locais onde antes não era possível devido à geologia do terreno, como no topo de morros, por exemplo.
A tecnologia desenvolvida pela Metalvix Engenharia levou seis anos para ser desenvolvida e já está patenteada no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Isso significa que qualquer fabricante do mundo poderá utilizar essa tecnologia, desde que adquira a licença de utilização. A primeira torre com esse sistema, de quatro megawatts, será instalada ainda neste ano em uma unidade da metalúrgica ArcelorMittal no Espírito Santo.
Com essa inovação, a empresa brasileira abre portas para o desenvolvimento de um mercado mais competitivo e sustentável, além de contribuir para a transição para uma matriz energética mais limpa e renovável em todo o mundo.
De acordo com José Emílio Brandão, Sócio e diretor comercial da Metalvix, as torres eólicas tradicionais requerem uma fundação de até 500 metros cúbicos de concreto, resultando em uma base de até 50 metros de diâmetro e 10 metros de altura. No entanto, Brandão acrescenta que a empresa conseguiu reduzir significativamente esse volume para cerca de 50 metros cúbicos.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou da inauguração do Complexo Renovável Neoenergia na Paraíba, que combina as tecnologias eólica e solar para geração de energia limpa no Estado. Com investimento de cerca de R$ 3 bilhões, o complexo é formado pelo Parque Eólico Chafariz, com capacidade de gerar 471,2 Megawatts (MW), e o Parque Solar Luzia, com potência máxima de gerar 149,2 MW, além de subestações e linhas de transmissão.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o governo investirá aproximadamente R$ 50 bilhões para realizar o maior programa de transição energética do país, que permitirá a construção de mais parques de energia eólica e solar no Nordeste. Ele destacou o papel fundamental do Brasil na transição energética e lembrou que esse protagonismo iniciou em 2003, no primeiro governo Lula, com o Proinfa, programa de incentivo às fontes alternativas de energia, que foi motor para impulsionar a geração eólica.
O governador da Paraíba, João Azevedo, destacou a importância da capacidade de diálogo do presidente Lula para atrair investimentos para o Brasil. Ele destacou que cabe ao Estado criar condições para que as empresas que chegam ao país se sintam seguras em investir altos valores, como os mais de R$ 3 bilhões investidos no Complexo Renovável Neoenergia.
Eduardo Capelastegui, CEO da companhia, enfatizou a formação da comunidade local e a geração de 3,5 mil empregos durante as obras como outros pontos positivos do complexo, além da geração de energia elétrica.
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