O estado de São Paulo está enfrentando uma crise energética com a distribuidora Enel devido a quedas frequentes no fornecimento de energia. Após uma nova crise, o prefeito Ricardo Nunes acusa a empresa de falta de transparência, enquanto o Procon-SP notificou a Enel a prestar esclarecimentos sobre as interrupções que geraram mais de 500 reclamações nos primeiros dias desse ano. A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica destacou a intensificação de eventos climáticos extremos como fatores para as crises e solicitou a resolução do problema com diálogos, enquanto a cidade enfrenta cortes de luz recorrentes.
São Paulo sofre com novas quedas no fornecimento de energia da Enel
A cidade de São Paulo começou 2024 enfrentando uma crise energética, com a distribuidora Enel no centro das críticas da população e do Governo. Quedas constantes no fornecimento de energia têm gerado insatisfação, levando o prefeito Ricardo Nunes a manifestar preocupações e acusações em relação à empresa.
Responsável pela distribuição de energia elétrica em São Paulo desde 2018, a companhia energética está agora sob intensa pressão devido aos recentes casos de quedas no fornecimento no estado. O prefeito Ricardo Nunes acusa a empresa de falta de transparência, alegando que a quantidade de equipes disponíveis para restabelecer a energia foi inadequada.
Além disso, as reclamações não se limitam apenas ao prefeito; o Procon-SP notificou a Enel a prestar esclarecimentos sobre as medidas adotadas para atender os consumidores afetados pelas interrupções, registrando mais de 500 reclamações nos primeiros dias do ano.
A distribuidora, ao ser procurada, optou por não se pronunciar diante das acusações. Já a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) emitiu uma nota destacando a intensificação de eventos climáticos extremos no Brasil e ressaltando a necessidade de diálogo entre as partes envolvidas. Após isso, a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) também entrou em ação, exigindo esclarecimentos da Enel sobre as medidas tomadas após as fortes chuvas na região.
Crise no fornecimento de energia em São Paulo iniciou já em 2023
A crise entre a distribuidora Enel e a prefeitura de São Paulo começou em novembro de 2023, quando tempestades deixaram 4,2 milhões de residências sem energia em diferentes áreas de concessão. Parte dos consumidores da capital chegou a enfrentar cinco dias sem energia.
A situação se tornou um ponto de destaque na corrida eleitoral, envolvendo o prefeito Nunes e o deputado federal Guilherme Boulos, ambos pré-candidatos ao comando da capital. No entanto, mesmo após a normalização do fornecimento, a cidade continuou enfrentando quedas de luz ao longo de novembro devido a uma onda de calor.
Isso levou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a reguladora estadual, a Arsesp, a abrir um processo de fiscalização para avaliar a adequação do atendimento da Enel. Paralelamente, uma CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foi instaurada para investigar os problemas enfrentados pelos consumidores no fornecimento de energia.
O prefeito Ricardo Nunes, pré-candidato à reeleição em 2024, está atualmente enfrentando um cenário de grandes problemas em São Paulo. Sua gestão está sendo questionada diante das dificuldades enfrentadas pelos moradores em relação ao fornecimento de energia. A corrida eleitoral promete ser acirrada, com a presença de nomes como Guilherme Boulos e Ricardo Salles na disputa.
Além disso, o cenário político também conta com a recente entrada da ex-prefeita Marta Suplicy, que deixou o cargo para integrar a chapa com Boulos. Agora, enquanto o atual prefeito segue em busca da resolução da crise no fornecimento de energia em meio à corrida eleitoral, a distribuidora Enel continua sendo alvo de críticas pelo péssimo trabalho realizado em São Paulo.
