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Energia renovável: Planeta aumenta capacidade instalada em 2023 rumo à meta da COP 28, revela IEA

O relatório revela que todos os países ainda precisa investir na capacidade instalada de energia renovável para alcançar as metas da COP 28.

by Andriely Medeiros
O relatório revela que todos os países ainda precisa investir na capacidade instalada de energia renovável para alcançar as metas da COP 28.

A Agência Internacional de Energia (IEA) revelou que a capacidade instalada de energia renovável aumentou 50% globalmente em 2023, impulsionada principalmente pela expansão da energia solar na China. Embora tenha sido um passo em direção à meta da COP 28 de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030, a IEA destaca a necessidade de acelerar o progresso, especialmente em países emergentes. Além disso, o relatório alerta para a urgência das mudanças climáticas, com 2023 sendo o ano mais quente registrado nos últimos 100 mil anos.

Novos dados da IEA sobre a energia renovável no mercado global

A Agência Internacional de Energia (IEA) divulgou recentemente dados sobre a expansão da capacidade instalada de energia renovável em 2023, destacando um avanço em direção à meta proposta na COP 28. Segundo o relatório da IEA, a capacidade instalada de energia renovável adicionada aos sistemas energéticos globais cresceu quase 50% em 2023 em comparação com o ano anterior. Esse número representa o crescimento mais rápido dos últimos 20 anos.

A energia solar fotovoltaica, impulsionada principalmente pela China, foi o grande destaque desses novos números. O Brasil, por sua vez, se destaca na produção de biocombustíveis. O relatório da IEA prevê que o país representará cerca de 40% da expansão desse setor até 2028.

Além disso, a capacidade instalada de energia renovável atingiu níveis históricos no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos em 2023. Apesar do crescimento notável, a IEA identifica desafios importantes no mercado global para alcançar as metas da COP 28, especialmente para países emergentes.

O cenário macroeconômico global pode dificultar a concentração de investimentos em infraestrutura de rede, especialmente em ambientes econômicos frágeis e politicamente incertos. A COP 28, realizada no ano passado, a uma meta de triplicar a capacidade de energia renovável em todo o mundo até 2030. Agora, o relatório da IEA sugere que, embora o progresso seja importante, ainda não é suficiente para atingir plenamente essa meta.

O diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, destacou que as energias renováveis estão se aproximando do objetivo da COP 28, mas é essencial acelerar o ritmo. Governos em todo o mundo têm as ferramentas necessárias, mas o financiamento para países emergentes e em desenvolvimento é necessário para minimizar a diferença.

Meta da COP 28 para a fontes renováveis no mercado global continua distante

O relatório recente da IEA revela que os países de todo o mundo ainda precisa investir mais na capacidade instalada de energia renovável para alcançar as metas da COP 28. Além disso, outros desafios estão se mostrando relevantes no cenário.  O observatório europeu Copernicus confirmou que 2023 foi o ano mais quente já registrado nos últimos 100 mil anos.

As temperaturas médias ficaram 1,48°C acima do nível pré-industrial, muito próximo do limite seguro de 1,5ºC estabelecido pelo Acordo de Paris. Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, destaca que “2023 foi um ano excepcional com recordes climáticos caindo como dominós.”

O aumento contínuo das emissões de gases de efeito estufa tem acelerado o processo de atingir o “limite seguro” definido para o final do século. Inicialmente previsto para 2030, esse limite está agora à vista devido ao aumento constante das emissões. A paleoclimatologia, utilizando métodos para simular o comportamento da atmosfera em climas passados, explica a comparação com os últimos 100 mil anos.

Essa análise aponta 2023 como o primeiro ano com dias 1°C mais quentes do que a era pré-industrial, destacando a urgência das ações globais. Assim, cabe aos governos de todo o mundo, principalmente dos países emergentes, se unirem na expansão da capacidade instalada de energia renovável.

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