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Diamond Offshore e Noble assinam acordo para fusão e criam um dos maiores player do setor de perfuração

As gigantes da perfuração offshore Diamond Offshore e Noble agora se fundirão, dando vida a uma nova companhia com grande potencial no setor de E&P

by Marcelo Santos
Diamond Offshore e Noble assinam acordo para fusão

A Noble Corporation, uma empresa americana de perfuração offshore, assinou recentemente um acordo de fusão com a empresa texana Diamond Offshore, sua principal rival no setor de petróleo e gás. Com o aval unânime dos Conselhos de Administração de ambas as companhias, agora as empresas de perfuração offshore precisam do aval das entidades regulatórias do setor.

Além do aval das entidades regulatórias, as empresas de perfuração offshore também vão precisar da aprovação dos acionistas da Diamond Offshore. Desse modo, a previsão para concluir a fusão das empresas é de até o primeiro trimestre de 2025.

Noble e Diamond Offshore irão se fundir em breve no setor de perfuração offshore

Em declaração, Robert Eifler, presidente e CEO da Noble disse: “Esta aquisição permite à Noble continuar a jornada de fornecer inovação e valor superiores a uma ampla gama dos principais operadores offshore em todo o mundo. Nossa posição será fortalecida com a adição de quatro navios-sonda de 7ª geração e um dos mais sofisticados rigs semissubmersíveis de ambiente severo do mundo”.

Eifler disse ainda que “com o suporte do backlog de US$ 2,1 bilhões da Diamond e US$ 100 milhões de sinergias de custo previstas, a transação será imediatamente agregadora ao fluxo de caixa livre por ação e contribuará para um crescimento acelerado em retorno de capital aos acionistas”.

Declarações do CEO da Diamond Offshore

Já o presidente e CEO da Diamond Offshore, Bernie Wolford, fez uma breve avaliação e constatou que a fusão com a Noble seria perfeita. Em declaração, Wolford disse: “Esse é o resultado ideal que proporciona aos acionistas da Diamond tanto o potencial de ganhos imediatos quanto de longo prazo como parte de uma plataforma mais totalmente dimensionada que pode oferecer valor aos clientes e acionistas de forma mais visível e acessível, enquanto ganha acesso ao robusto programa de dividendos da Noble”.

Com essa fusão entre Noble e Diamond Offshore, nascerá uma nova e gigante empresa de perfuração offshore, com cerca de 41 plataformas e uma grade de projetos equivalentes a US$ 6,5 bilhões.

Enquanto isso, fusão de empresas offshore no Brasil também estão acontecendo

Em meados de maio deste ano, a companhia 3R Petroleum Óleo E Gás S.A. comemorou um acordo fechado de combinação de negócios com a rival Enauta Participações S.A., ou simplesmente Enauta. Considerada uma transação histórica, a fusão entre as empresas offshore representa a maior transação no setor de exploração e produção (E&P) já realizada nos últimos 10 anos. A transação agora é uma das mais diversificadas do setor de E&P da América Latina, com o valor da empresa em aproximadamente R$ 20 bilhões.

A transação entre 3R Petroleum e Enauta está sendo estruturada como uma incorporação de ações, sendo que os acionistas da Enauta estão recebendo ações recém-emitidas da 3R Petroleum, que vão representar em torno de 47,0% da entidade combinada entre as empresas. Além das empresas citadas, a transação também envolve incorporação Maha Energy Brasil na 3R Offshore, empresa subsidiária da 3R. Nesse caso, a Maha Brasil ficou responsável pelas ações recém-emitidas que representarão cerca de 2,17% da entidade combinada.

3R é um dos maiores produtores de óleo e gás do Brasil

A transação entre 3R e Enauta dá margem à forte competitividade da 3R Petroleum no setor de perfuração offshore. Isso otimizará a estrutura de capital da empresa, além de ampliar o crescimento orgânico e inorgânico da mesma. Além disso, a transação também pode significar a geração significativa de sinergias financeiras, operacionais e comerciais.

Atualmente no Brasil, a empresa 3R Petroleum é uma das maiores produtoras independentes de petróleo e gás. A companhia foi criada em 2019 para fazer parte do processo de desinvestimento conduzido na época pela Petrobras. A 3R conseguiu adquirir 9 ativos, dando o total de US$ 2,2 bilhões, criando um diversificado portfólio de ativos on e offshore, abrangendo 4 bacias, um total de 530 MMboe de reservas 2P.

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