Um recuo de 2,5% na demanda por bens industriais entre junho e julho foi identificado pelo ‘Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais’, aferido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A queda reflete uma análise feita da produção destinada ao mercado interno, acrescida das importações.
Segundo o Ipea, tal resultado negativo se deu em razão do recuo de 3,5% da produção interna destinada ao mercado nacional e da alta de 0,2% das importações de bens industriais. O desempenho retroativo é contrário ao avanço ocorrido na passagem de maio para junho. Com a soma dos resultados obtidos há uma queda de 0,3% no trimestre móvel compreendido até julho.
Ainda conforme a pesquisa, ao se comparar a média entre julho de 2022 com julho de 2023 e o trimestre móvel do anterior também há registros de retroatividade em 5,2% e 2,6% respectivamente.
Ao todo, a demanda por bens industriais registrou baixa de 1,1% no acumulado em doze meses. O que, de acordo com o estudo, corroborando um cenário de estagnação indicado pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE).
Justificativas
Conforme o Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais, o resultado negativo em 2,5% ocorreu por conta dos recuos de demanda em bens de capital (5,7% e bens intermediários (2,4%) no sétimo mês do ano. Um dos principais setores que contribui para a redução identificada em julho foi o segmento da indústria extrativa, inclusive no trimestre móvel.
Por outro lado, a pesquisa indica resultados positivos no segmento de bens de consumo duráveis (4,6%). Dessa forma, ao se comparar trimestres móveis, o Indicador apura altas de 0,8% e 0,9% na margem, respectivamente.
Na comparação entre 2022 e 2023, o consumo aparente de bens de consumo duráveis também se destacou, com expansão de 12,6% sobre julho de 2022, mostram os resultados.
A pesquisa completa do Ipea pode ser acessada nesse link.