O Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M), atualmente medido pela Fundação Getúlio Vargas, mostrou que a inflação da construção civil teve alta de 2,8% em apenas um mês: este valor é ainda mais alto que os índices registrados pelo IBGE. Esses valores são superiores aos de maio, que estavam por volta de 1,49% e julho de 2021, quando chegou a 2,3%. Em maio, o valor da mão de obra também contou com nova alta, chegando a 5%.
O histórico de inflação no setor de construção civil mostra que a área vem sendo duramente prejudicada e que os impactos tendem a cair sobre os consumidores que têm interesse em fazer a compra da casa própria: será que ela ainda vale a pena?
O acumulado de alta da construção civil dos últimos doze meses chega a 16,88%. E a tendência é que este valor não diminua mais: os índices tendem a permanecer estável ou terão novos picos dentro de alguns anos por causa da maior procura, os jovens também têm interesse em fazer a aquisição da casa própria.
O metro quadrado da construção no Brasil está por volta de R$ 1600 e pode ultrapassar a barreira de R $2500 em algumas cidades, como em Balneário Camboriú.
Tubulações e outras áreas que estão sendo prejudicadas na construção civil. Apesar da queda dos preços internacionais e commodities, no Brasil, os materiais de construção continuam cobrando valores elevados sem baixas por causa da inflação.
O valor do barril brent está sofrendo altas constantes de 50% em seu acumulado dos últimos doze meses. Tendo isso em vista, o setor de tubulações, caça vazamento e desentupidora estão sendo prejudicadas pelo aumento repetindo de preços, afirma a empresa Martec. De acordo com a instituição, a inflação tende a impactar os serviços de mão de obra e manutenção juntamente aos preços cobrados pelos materiais.
Não é somente as tubulações das casas que sofrem com aumento por causa da variação do petróleo, que vem tendo novas altas depois que estourou a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O ferro chegou a dobrar de preços desde a pandemia, e este metal é crucial para a construção de moradias desde pequeno a grande porte. Outros metais como aço também dobraram de preço, apesar de estarem sendo negociados, agora, com queda de 48%.
Nesta sexta-feira, 01 de julho, os contratos de madeira serrada são contabilizados em alta de ao menos 5,38%. Apesar de também terem aumento expressivo, os preços estão se estabilizando com queda de 6% em um ano.
Apesar da queda internacional de algumas commodities no último ano, os preços continuam altos no Brasil. A madeira cai internacionalmente 6%, ferro 39%, bobina de aço 48%. Apesar disso, a inflação vem aumentando os preços do setor no Brasil com a desvalorização do real perante o dólar. O dólar é uma das principais moedas para determinar os preços de commodities no Brasil.