Combustível do futuro: Novas pesquisas sobre hidrogênio reforçam papel da energia limpa no mercado global

Recentemente, cientistas descobriram potenciais reservas de hidrogênio branco, uma forma limpa de combustível, nas minas abandonadas de carvão na região de Lorena, França. Agora, a descoberta levanta expectativas sobre o papel do hidrogênio na produção de energia limpa no futuro, já que o combustível não emite carbono na sua queima. Apesar do otimismo com as novas pesquisas, desafios econômicos e técnicos seguem surgindo na jornada. Diversos governos e empresas privadas agora investem em alternativas para viabilizar o uso do hidrogênio como fonte limpa de energia no futuro.

Hidrogênio pode ser alternativa viável de energia limpa no futuro do mercado

No solo rochoso da região de Lorena, localizada entre a França e a Alemanha, alguns cientistas identificaram um possível depósito de hidrogênio branco, considerado um dos combustíveis mais limpos da natureza. Essa descoberta levantou questões sobre o papel do hidrogênio na produção de energia limpa e como ele poderia transformar o mercado de combustíveis no futuro.

Isso, pois quando queimado, o hidrogênio não emite carbono, se tornando uma alternativa viável aos combustíveis fósseis.  Assim, governos e empresas em todo o mundo estão investindo bilhões para desenvolver tecnologias que aproveitem o hidrogênio como combustível em diversos setores, desde fábricas até meios de transporte. No entanto, a produção comercial de hidrogênio geralmente envolve processos que requerem energia, levando à emissão de gases de efeito estufa, um desafio conhecido como “hidrogênio cinza”.

A recente descoberta na Lorena sugere que o hidrogênio natural, também chamado de hidrogênio branco devido à sua pureza, pode ser uma fonte sustentável e contínua de energia limpa. Formado quando água aquecida encontra rochas com grande quantidade de ferro, o hidrogênio natural poderia ser a alternativa que o mercado está buscando. O Serviço Geológico dos EUA aponta que pequenas frações desses depósitos do combustível já seriam suficientes para abastecer o planeta por centenas de anos.

O geoquímico do Serviço Geológico dos Estados Unidos, Geoffrey Ellis, destacou: “Se a descoberta for comprovada, será muito significativa e terá uma grande repercussão na sociedade. Há muitos outros lugares no mundo em que o hidrogênio também pode ser encontrado, e isso está sendo analisado porque realmente pode causar um impacto muito forte”

Uso do hidrogênio como combustível sustentável ainda enfrenta desafios, mesmo com novas pesquisas

Apesar do otimismo em torno do hidrogênio, ainda surgem alguns desafios após as pesquisas sobre o combustível, como o seu custo de produção. A produção de hidrogênio natural depende de fatores como pressão, temperatura e o tipo de rocha explorada. Enquanto a Europa investe em uma rede de gasodutos para hidrogênio manufaturado, a esperança é que o hidrogênio branco também possa ser integrado a esses sistemas.

Nesse cenário, as pesquisas em busca de uma solução acessível e eficiente continuam, com empresas como a Tree Energy Solutions planejando produzir hidrogênio limpo para importação. Após os resultados das pesquisas, a região de Lorena se tornou um ponto central na exploração do potencial do hidrogênio natural. Isso, pois os testes indicam a presença de quantidades significativas sob minas de carvão abandonadas.

Assim, os pesquisadores estão otimistas, mas a incerteza sobre a quantidade do depósito e os desafios técnicos de extração permanecem. Dessa forma, projetos de pesquisa e desenvolvimento para o combustível já estão em andamento, com o objetivo de aprimorar a compreensão do hidrogênio natural e suas possíveis aplicações.

E se as atividades seguirem como o esperado na região de Lorena, no próximo ano, já serão iniciadas novas perfurações utilizando uma sonda avançada. Essa sonda irá coletar amostras de gás a uma profundidade de aproximadamente 3 quilômetros, para então avaliar a extensão do depósito de hidrogênio, com a meta de realizar a extração até os anos de 2027 ou 2028.