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Cientistas revelam planta marinha com impressionantes 1.400 anos

Quando pensamos nas criaturas vivas mais velhas do mundo, lembramos de tartarugas, tubarões-da-groenlândia e da medusa imortal. No entanto, uma descoberta recente revelou um novo candidato ao título de organismo mais longevo do planeta: uma planta marinha com 1.400 anos de idade. Este achado surpreendente foi feito por uma equipe de cientistas liderada por Thorsten Reusch, do Instituto Helmholtz de Pesquisa Oceânica de Kiel, utilizando métodos inovadores de análise genética.

Zostera marina: A planta marinha com mais de mil anos

A planta marinha em questão é a alga Zostera marina, comum no Mar Báltico, no norte da Europa. Esta espécie possui um método de reprodução fascinante chamado clonagem. Neste processo, são produzidos rametes, que são membros individuais de um mesmo clone. Esses rametes podem se separar do organismo original e continuar a crescer de forma independente, um processo conhecido como reprodução vegetativa. Esta estratégia reprodutiva é encontrada em muitas plantas, fungos e alguns animais.

Como determinar a idade de uma alga?

Para determinar a idade da alga Zostera marina, os cientistas analisaram a variação genética entre os rametes e o organismo original. Durante o crescimento, mutações genéticas ocorrem e são transmitidas aos descendentes. Ao comparar a planta original com seus rametes, os pesquisadores conseguem estimar a idade do clone.

A descoberta da planta marinha ao redor do mundo

Os cientistas utilizaram clones de algas marinhas de 17 anos, conservadas em laboratório, para comparar com uma amostra selvagem. A distância genética entre a amostra original e seus rametes revelou uma idade impressionante de 1.402 anos para o clone, tornando esta a planta marinha mais velha já identificada pela ciência. Além deste clone antigo, o estudo também encontrou outros clones com centenas de anos de idade.

As algas Zostera marina não são exclusivas do Mar Báltico. Elas podem ser encontradas em diversos mares ao redor do mundo, incluindo os oceanos Pacífico e Atlântico, bem como o Mar Mediterrâneo. Essas plantas marinhas formam colônias antigas nas profundezas do oceano, e muitos clones dessa espécie atingem idades que parecem inacreditáveis para nós, humanos.

Implicações e expectativas futuras

Os autores do estudo, publicado na revista científica Nature Ecology and Evolution, sugerem que outras espécies de plantas marinhas, como as do gênero Posidonia, podem ser ainda mais antigas. Esses organismos são conhecidos por formar grandes prados submarinos que podem se estender por até 10 quilômetros. Estima-se que essas plantas possam ser os organismos vivos mais antigos do mundo, uma hipótese que futuras pesquisas deverão explorar.

A importância da descoberta

Esta descoberta tem implicações significativas para a biologia e a ecologia marinha. Conhecer a idade das plantas marinhas e entender seus processos de reprodução e clonagem pode ajudar na conservação dessas espécies. As algas marinhas desempenham um papel crucial nos ecossistemas oceânicos, fornecendo habitat para diversas formas de vida marinha, ajudando a estabilizar os sedimentos e contribuindo para a saúde geral dos ambientes marinhos.

Desafios para a conservação da planta marinha

Apesar de sua longevidade, as plantas marinhas enfrentam inúmeras ameaças, como a poluição, a mudança climática e a destruição de habitats. A pesquisa sobre a idade e a genética das algas Zostera marina pode oferecer insights valiosos para estratégias de conservação, ajudando a proteger essas plantas vitais para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos.

A descoberta da planta marinha mais antiga do mundo, uma alga Zostera marina de 1.400 anos, destaca a incrível longevidade que alguns organismos podem atingir. Este achado não apenas amplia nosso entendimento sobre a vida marinha, mas também sublinha a importância de conservar esses ecossistemas frágeis. À medida que os cientistas continuam a explorar o mundo subaquático, mais segredos sobre a longevidade e a resiliência das plantas marinhas podem ser revelados, oferecendo novas oportunidades para a preservação da biodiversidade marinha.

Andriely Medeiros

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o PetroSolGas.

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