A China, mostrando que está sempre à frente em inovação tecnológica, surpreendeu o mundo com seu submarino movido a laser. Agora, os cientistas do país estão focados em revolucionar em caças com tecnologia de pele de tubarão. Essa abordagem promete ampliar a eficiência aerodinâmica e reduzir o consumo de combustível, colocando o país à frente na corrida pelo desenvolvimento de motores de aviação de próxima geração.
Os cientistas da China desenvolveram uma estrutura 3D impressa para motores turbofan, com base nas dentículas dérmicas dos tubarões. Essas estruturas robustas conseguem reduzir o arrasto em até 10%, segundo o South China Morning Post (SCMP).
Os novos caças com tecnologia de pele de tubarão usam uma liga feita de titânio de alta resistência, impressa com precisão em 3D. Essa tecnologia da China é vista como um marco que pode fazer o país atingir, ou até mesmo ultrapassar, os Estados Unidos no desenvolvimento de motores de aviação de próxima geração.
A peça central dos novos caças com tecnologia de pele de tubarão é o componente conhecido como carcaça intermediária, que une o ventilador de entrada e o compressor do motor à fuselagem da aeronave.
Com mais de um metro de diâmetro, a carcaça possui ranhuras biomiméticas que variam de 15 a 35 micrômetros de profundidade, mais finas que um fio de cabelo humano. Essa carcaça é 25% mais leve que as fundições tradicionais, mas suficientemente forte para suportar impactos como colisões com pássaros.
Laboratórios confirmaram que a carcaça atende aos requisitos de propriedades mecânicas, redução de peso e fabricabilidade. Essa nova estrutura dos caças com tecnologia de pele de tubarão promete transformar a indústria, permitindo que lâminas de ventiladores ocos adotem esqueletos internos otimizados topologicamente, combinados com estruturas de treliça ou metamateriais.
A expectativa é que a taxa de oco possa ultrapassar 45%, resultando em uma melhor resistência a impactos. A tecnologia de pele de tubarão não é uma ideia exclusivamente da China. Em 2022, a BASF desenvolveu um revestimento para aeronaves civis inspirado na pele de tubarão, que reduziu consideravelmente o arrasto, tornando os voos mais eficientes em termos de combustível. Beijing está investindo fortemente no desenvolvimento e produção de tecnologias de propulsão eficientes, permitindo à China fechar a lacuna tecnológica com os EUA.
Embora a Força Aérea dos EUA tenha anunciado a descontinuação do Programa de Transição de Motor Adaptativo (AETP), concentrando-se em atualizar os motores existentes, o novo avião com tecnologia de pele de tubarão pode permitir que a China dê um salto significativo à frente.
Segundo John R. Sneden, diretor de propulsão do Centro de Gestão do Ciclo de Vida da Força Aérea dos EUA, em entrevista à revista Air & Space Forces, o país está perdendo sua liderança em propulsão para a China. Os pesquisadores chineses da Universidade Politécnica do Noroeste, que trabalharam na tecnologia, acreditam que a impressão 3D ainda enfrenta desafios para alcançar a produção em massa.
Contudo, estão confiantes que esse novo avião revolucionará a indústria de aviação em breve. Eles explicam que as lâminas de ventiladores ocos não serão mais confinadas a estruturas tradicionais de colmeia ou treliça, mas podem adotar esqueletos internos otimizados topologicamente, combinados com estrutura de treliça ou metamateriais.
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