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China conclui primeira plataforma eólica offshore flutuante com vida útil de 25 anos

China conclui a instalação de um cabo submarino para transmissão de energia no campo petrolífero de Wenchang.

by Marcelo Santos
China conclui primeira plataforma eólica offshore flutuante com vida útil de 25 anos

A Corporação Nacional de Petróleo da China (CNOOC) recentemente finalizou a instalação de um cabo submarino dinâmico de 5.000 metros, estabelecendo uma importante artéria de transmissão de energia que conecta a plataforma eólica flutuante de petróleo e gás do campo petrolífero de Wenchang a Haiyou Guanlan, localizada na costa da província de Hainan, no sul da China. Essa conquista marca um marco significativo no desenvolvimento da indústria energética da China.

Detalhes técnicos e benefícios do cabo submarino

O cabo submarino da plataforma eólica flutuante Haiyou Guanlan foi projetado para operar em uma profundidade de 120 metros, com três condutores de cabo de 35 quilovolts, cada um com seção transversal de 70 milímetros quadrados, e três fibras ópticas de 12 núcleos. Essa configuração permite uma transmissão eficiente de energia eólica offshore e dados, suportando a operação estável do sistema por um período de 25 anos, mesmo em condições submarinas complexas e adversas.

Capacidade de geração de energia e benefícios ambientais

Com uma capacidade instalada de 7,25 megawatts, a plataforma eólica flutuante de Haiyou Guanlan consegue gerar uma média anual de 22 milhões de quilowatts-hora de energia eólica offshore. Essa quantidade substancial de eletricidade pode suprir as necessidades de cerca de 30.000 cidadãos chineses, proporcionando um abastecimento confiável e sustentável.

Além disso, a implementação desse cabo submarino resultará em benefícios significativos para o meio ambiente. Estima-se que a infraestrutura permitirá uma economia anual de quase 10 milhões de metros cúbicos de gás combustível, enquanto reduz as emissões de dióxido de carbono da China em aproximadamente 22.000 toneladas.

Notícias relacionadas: Petrobras e Equinor expandem parceria para projetos de energia eólica offshore no Brasil

A Petrobras e Equinor assinaram uma carta de intenções para ampliar sua cooperação e avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de sete projetos de geração de energia eólica offshore ao longo da costa brasileira. Esses projetos têm o potencial de gerar até 14,5 GW de energia renovável.

Essa iniciativa é resultado da parceria estabelecida entre as duas empresas em 2018, que inicialmente visava apenas aos parques eólicos Aracatu I e II, localizados na fronteira litorânea entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Agora, o escopo da parceria foi expandido para incluir mais projetos promissores.

Além dos parques Aracatu I e II, o acordo abrange a avaliação da viabilidade dos parques eólicos de Mangará, na costa do Piauí; Ibitucatu, na costa do Ceará; Colibri, na fronteira litorânea entre o Rio Grande do Norte e Ceará; além de Atobá e Ibituassu, ambos na costa do Rio Grande do Sul. Essa ampliação representa um total de sete projetos a serem explorados. O prazo de vigência desse acordo é até 2028.

Ceará lidera a lista de projetos com processos de licenciamento ambiental abertos no Ibama

O Ceará se destaca como líder na lista de projetos de energia eólica offshore em processo de licenciamento ambiental pelo Ibama, com um impressionante total de 22 projetos e uma capacidade combinada de 56,6 GW. Além do Ceará, outros estados brasileiros também possuem projetos em andamento no Ibama, como Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Os projetos no Ceará estão principalmente localizados ao longo do litoral oeste, abrangendo os municípios de Caucaia e Camocim. Essa região é reconhecida pelo seu excepcional potencial eólico, o que tem despertado o interesse de empresas nacionais e internacionais do setor.

Empresas europeias do segmento de petróleo e gás, como a Shell, do Reino Unido, e a TotalEnergies, da França, demonstraram interesse em investir em projetos no Ceará. Além disso, há empresas com sede na Espanha, como a Neoenergia, da Iberdrola, a Qair, da França, a Equinor, da Noruega, e a Shizen, do Japão, que também estão interessadas em explorar oportunidades nessa região promissora.

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