Casa dos Ventos avança na produção de hidrogênio verde no Ceará com uso de água de reuso

A Casa dos Ventos anuncia avanços significativos em seu projeto de produção de hidrogênio e amônia verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), no Ceará. A empresa assinou recentemente um memorando de entendimento com a Utilitas, uma companhia especializada em tratamento de água e efluentes, marcando um passo crucial para o uso de água de reuso em sua planta de hidrogênio verde.

Parceria sustentável para a transição energética

A parceria com a Utilitas permitirá à Casa dos Ventos utilizar até 1.500 m³ por hora de água bruta de reuso, volume necessário para alimentar a primeira fase da produção de hidrogênio verde no Pecém. Esta água de reuso será fornecida a partir dos efluentes sanitários tratados da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que atende a uma população de cerca de 1 milhão de habitantes.

Francisco Habib, diretor de Engenharia da Casa dos Ventos, destacou a importância desse acordo: “Este documento consiste em um importante passo para a adoção de medidas ambientais sustentáveis ao longo de toda a cadeia produtiva do hidrogênio e da amônia verde no Pecém. A Casa dos Ventos está comprometida com a transição energética e, portanto, um dos objetivos que visa atingir no projeto H2V Pecém é a adoção de soluções sustentáveis e ambientalmente aceitas do início ao fim do projeto, sendo a utilização de água de reuso parte fundamental deste objetivo”.

Capacidades da planta de hidrogênio verde e os impactos ambientais e econômicos

O projeto da Casa dos Ventos no Pecém é ambicioso e está dividido em fases, com uma capacidade final planejada de até 2,4 GW de eletrólise. Esta capacidade permitirá a produção de aproximadamente 1.030 toneladas de hidrogênio por dia, o que possibilitará a produção anual de 2 milhões de toneladas de amônia verde. Esse volume coloca a planta como uma das maiores iniciativas do tipo no Brasil e no mundo, fortalecendo a posição do Ceará como um polo de inovação em energia limpa.

A adoção de água de reuso é uma solução inovadora que alinha a produção de hidrogênio verde com práticas ambientais sustentáveis. Ao reutilizar efluentes sanitários, a Casa dos Ventos minimiza a necessidade de recursos hídricos naturais, reduzindo a pressão sobre as reservas de água potável. Este movimento não só beneficia o meio ambiente, mas também contribui para a economia local, ao gerar empregos e estimular o desenvolvimento tecnológico na região.

O projeto H2V Pecém está em consonância com as metas globais de redução de emissões de carbono e com os compromissos do Brasil no Acordo de Paris. A produção de hidrogênio verde é vista como uma peça chave na transição para uma economia de baixo carbono, substituindo combustíveis fósseis e contribuindo para a descarbonização de setores industriais pesados.

O futuro do hidrogênio verde no Ceará

Com o avanço deste projeto, o Ceará se posiciona como um protagonista no cenário da energia renovável, especialmente na produção de hidrogênio verde. A localização estratégica do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, com sua infraestrutura robusta e proximidade a mercados internacionais, facilita a exportação de hidrogênio e amônia verde, atendendo à crescente demanda global por energias limpas.

A Casa dos Ventos, ao investir em tecnologias sustentáveis e parcerias estratégicas, demonstra seu compromisso com a inovação e com a sustentabilidade. O uso de água de reuso é um exemplo claro de como a empresa integra práticas ambientais responsáveis em seus processos produtivos, reforçando a importância da gestão eficiente dos recursos naturais.

O projeto de hidrogênio verde da Casa dos Ventos no Pecém representa um marco importante na transição energética do Brasil. Com o uso de água de reuso fornecida pela Utilitas, a empresa dá um passo significativo em direção a uma produção mais sustentável e ambientalmente responsável.

Esse avanço não só fortalece a economia local do Ceará, mas também coloca o Brasil na vanguarda da produção de energias renováveis no cenário global. A expectativa é que, com o desenvolvimento contínuo desse projeto, o Ceará consolide seu papel como um líder em energia limpa e sustentável, contribuindo para um futuro mais verde e próspero.