Home ENERGIA Cancelamento do Empire Wind 2: Equinor e bp desistem do projeto de energia eólica offshore

Cancelamento do Empire Wind 2: Equinor e bp desistem do projeto de energia eólica offshore

O projeto de energia eólica offshore, desenvolvido por uma joint venture 50–50 entre Equinor e bp, está localizado no sudeste de Long Island.

by Andriely Medeiros
O projeto de energia eólica offshore, desenvolvido por uma joint venture 50–50 entre Equinor e bp, está localizado no sudeste de Long Island.

A Equinor e a companhia bp anunciaram na última quarta-feira, 3, o encerramento do projeto de energia eólica offshore Empire Wind 2, localizado na costa de Nova York, citando falta de viabilidade financeira para seguir com o empreendimento. Vencedor de um processo competitivo promovido pela NYSERDA, o projeto foi desenvolvido em parceria 50–50 entre as empresas e tinha como base a venda de Certificados de Energia Renovável Eólica Offshore (ORECs) para o governo de Nova York. Apesar do cancelamento, as empresas não descartam a possibilidade de um novo contrato em condições mais favoráveis para uma iniciativa futura no ramo.

Projeto de energia eólica offshore Empire Wind 2 é cancelado por falta de viabilidade

A Equinor e a bp surpreenderam o mercado ao anunciarem o cancelamento do projeto Empire Wind 2, uma iniciativa de energia eólica offshore localizada na costa de Nova York. O motivo alegado foi a falta de viabilidade financeira para dar continuidade ao empreendimento. Ambas as empresas chegaram a um acordo para encerrar o contrato de venda de créditos de carbono, destinados à Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia do Estado de Nova York (NYSERDA).

O projeto Empire Wind 2, de 1.260 MW de capacidade, venceu um processo competitivo promovido pela NYSERDA, garantindo a compra de Certificados de Energia Renovável Eólica Offshore (ORECs). Esses certificados são essenciais para a construção de usinas de energia eólica offshore, pois representam uma fonte de recursos proveniente do governo de Nova York, repassada às distribuidoras de energia. No entanto, apesar da vitória no processo, a Equinor e a bp decidiram encerrar o projeto devido à inviabilidade financeira.

Equinor e bp não eliminam parcerias futuras para novos projetos no setor

Apesar do cancelamento, a Equinor e a bp não descartam a possibilidade de um novo contrato em condições mais favoráveis. Molly Morris, presidente da Equinor Renewables Americas, enfatiza que a viabilidade comercial é essencial para projetos de grande escala como o Empire Wind 2. A decisão atual oferece a oportunidade de repensar e desenvolver um projeto mais forte no futuro, para conseguir levá-lo adiante no segmento das eólicas offshore. 

Além disso, as companhias reconhecem as condições comerciais afetadas por inflação, taxas de juros e interrupções na cadeia de suprimentos, fatores que inviabilizaram a continuidade do acordo OREC existente para o Empire Wind 2. Esses fatores destacam a complexidade e os desafios enfrentados por projetos dessa magnitude na produção de energia eólica. 

No entanto, como destacou o comunicado das empresas, ao invés de considerar o cancelamento como o fim definitivo, a decisão abre caminho para a reformulação do Empire Wind 2 no futuro. O Empire Wind, desenvolvido por uma joint venture 50–50 entre Equinor e bp, está localizado a 24 a 48 quilômetros a sudeste de Long Island.

Esse projeto abrange uma área extensa de 32,3 mil hectares, com profundidades de água variando entre aproximadamente 22 e 41 metros. Agora, o cancelamento levanta questões sobre o futuro da energia eólica offshore na região e sobre como as empresas planejam lidar com possíveis novas oportunidades de compra de energia.

Conheça um pouco melhore sobras as companhias Equinor e bp

A Equinor é uma empresa multinacional de energia sediada na Noruega, com foco significativo em energia offshore, incluindo petróleo, gás natural e energias renováveis. Anteriormente conhecida como Statoil, a empresa mudou seu nome para Equinor em 2018, refletindo seu compromisso crescente com fontes de energia mais sustentáveis.

Já a bp é uma das maiores empresas de energia do mundo, com uma presença global na exploração, produção, refino e comercialização de petróleo e gás natural. Além disso, a empresa investe em iniciativas de energias renováveis e visa transitar para um portfólio mais sustentável.

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