A BYD, gigante chinesa de veículos elétricos, anunciou recentemente um novo plano para verticalizar sua produção no Brasil, abrangendo desde a exploração de lítio até a fabricação de veículos elétricos. Com investimentos de R$ 3 bilhões em uma nova planta em Camaçari (BA), a empresa quer posicionar o Brasil como um hub regional para suas operações na América Latina. A estratégia também inclui a produção de veículos híbridos flexíveis, após a recente volta da taxação de veículos elétricos importados. Por fim, a companhia se prepara para o lançamento de carros elétricos acessíveis e um aumento na rede de concessionárias em todo o país.
Mercado brasileiro de veículos elétricos é o novo foco da montadora para os próximos anos
A BYD, empresa chinesa de tecnologia e veículos elétricos, revelou um novo projeto para verticalizar sua produção no Brasil, abrangendo desde a exploração e beneficiamento do lítio até a fabricação de ônibus e automóveis elétricos. A estratégia visa transformar o Brasil em um hub regional para a BYD na América Latina, se alinhando às políticas do governo para fortalecer a cadeia produtiva local e impulsionar a descarbonização da frota nacional.
Com planos de investimentos em torno de R$ 3 bilhões em um complexo localizado em Camaçari (BA), utilizando as instalações antigas da Ford, a BYD visa estabelecer uma presença na produção de veículos elétricos e processamento de minerais críticos, como o lítio. O presidente do Conselho da BYD Brasil, Alexandre Baldy, destaca que a decisão de investir na Bahia foi solidificada pelas políticas favoráveis do governo, incluindo a reforma tributária e o programa Mover.
“A reforma tributária foi muito oportuna, com a reabertura de um programa de regime automotivo no Nordeste, que contribui significativamente para a consolidação do investimento na planta de Camaçari”, afirmou ele.
A empresa também está projetando investimentos na exploração do lítio e outros minerais no Brasil, considerando estados como Minas Gerais e Bahia. O foco na mineração reflete o compromisso da BYD em garantir a autossuficiência na produção de baterias, essenciais para seus veículos elétricos no mercado brasileiro.
Ao contrário de outras regiões, a BYD optou por incluir veículos híbridos flexíveis movidos a etanol em seu portfólio brasileiro. Essa estratégia é uma resposta à política pública do mercado brasileiro, especialmente o programa Mover, que visa proteger o motor a combustão, concedendo vantagens aos veículos híbridos na concorrência com os elétricos.
BYD mira na sua consolidação no mercado brasileiro para os próximos anos
A BYD tem adotado uma estratégia agressiva para consolidar sua presença no mercado brasileiro de veículos elétricos. O modelo BYD Dolphin Plus, sendo o mais vendido em 2023 com 6.812 unidades, vem se destacando como um exemplo do sucesso da empresa.
Baldy enfatiza que os próximos anos serão revolucionários, com lançamentos de carros híbridos e veículos elétricos mais acessíveis e eficientes. A empresa também está planejando investimentos na expansão de suas instalações, incluindo a fábrica de baterias em Manaus e a unidade de produção de ônibus em Campinas (SP).
Essa expansão visa atender à demanda por veículos elétricos no Brasil, incluindo a substituição de parte da frota de ônibus da Prefeitura de São Paulo por modelos elétricos. Além disso, a BYD está focada em fortalecer sua presença em todo o país, planejando alcançar cem concessionárias até o final do mês.
Isso representa um investimento massivo em diversos estados, reforçando o compromisso da empresa com o mercado brasileiro. Dessa forma, com o novo plano de investimentos na produção nacional, a BYD demonstra uma abordagem integrada para se destacar no mercado brasileiro de veículos elétricos, desde as matérias-primas até a entrega de veículos prontos para os consumidores.