A montadora chinesa BYD está considerando investir na mineração de lítio no Brasil. A estratégia faz parte de seus esforços para apoiar a produção de baterias para veículos elétricos em sua recém-lançada fábrica em Camaçari, Bahia. A empresa planeja utilizar os edifícios anteriormente pertencentes a Ford, com um investimento total de R$ 3 bilhões, e início das operações estimado entre o final de 2024 e o início de 2025. Além disso, a BYD está de olho nas operações de mineração no Vale do Jequitinhonha, com destaque para a Sigma Lithium, em uma jogada que reflete o crescente interesse das montadoras em assegurar um suprimento estável de lítio para baterias de veículos elétricos.
BYD considera investir na mineração de lítio no mercado do Brasil
BYD, uma montadora chinesa de renome mundial, avalia firmemente a possibilidade de investir na mineração de lítio no Brasil. Essa iniciativa tem como objetivo fortalecer a produção de baterias destinadas a carros elétricos, abrindo novas perspectivas para a indústria automobilística no país. A montadora busca estabelecer uma operação de mineração no Brasil para assegurar um suprimento estável de matérias-primas essenciais.
Em um movimento ousado, a BYD recentemente lançou a pedra fundamental de sua fábrica de veículos elétricos, híbridos e baterias em Camaçari, Bahia. Essa localização, que já pertenceu a Ford, foi devolvida ao governo da Bahia após uma longa negociação. Com a construção de três unidades, a BYD planeja produzir carros elétricos, caminhões e ônibus elétricos, bem como dedicar uma instalação à produção de lítio e ferro-fosfato para baterias.
Baterias eficientes e sustentáveis são essenciais para a expansão dos veículos elétricos. O lítio é um componente crucial dessas baterias, e a BYD reconhece sua importância. Assim, a montadora está olhando com atenção para as operações de mineração no norte de Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha, que poderiam ser uma fonte valiosa de lítio para sua nova fábrica na Bahia.
Uma das operações em destaque na região é a Sigma Lithium, uma empresa que possui um extenso depósito de rocha de lítio conhecido como Grota do Cirilo. O diferencial da Sigma Lithium é sua abordagem sustentável, que inclui um processo de mineração a seco, sem rejeitos, e a reutilização da água captada do Rio Jequitinhonha, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Mineração de lítio no Brasil atrai grandes players do segmento mundial
Não é apenas a BYD que está de olho na mineração de lítio no Brasil. Gigantes como a Tesla também demonstraram interesse. A Tesla chegou a cogitar a aquisição da Sigma Lithium Corp, uma mineradora canadense que é controlada por um fundo de investimento brasileiro.
O interesse dessas empresas estrangeiras reflete o potencial do Brasil na indústria de veículos elétricos e a crescente demanda por lítio. Nesse cenário, a BYD planeja utilizar os edifícios anteriormente pertencentes a Ford, mas fará modificações significativas no layout e aumentará o tamanho das instalações.
O investimento total estimado para essa empreitada é de R$ 3 bilhões. A fábrica terá capacidade para produzir 150.000 veículos na primeira fase, com previsão de início das operações entre o final de 2024 e o início de 2025. A chegada da BYD no Brasil não é apenas uma notícia empolgante para a indústria de veículos elétricos, mas também para a economia e o emprego no país.
A montadora chinesa tem planos ambiciosos para a região e espera desempenhar um papel fundamental no crescimento da mobilidade elétrica no Brasil. A fábrica em Camaçari será uma adição crucial para a infraestrutura de veículos elétricos do país. Assim, a companhia está liderando uma revolução na indústria automobilística do Brasil ao investir em mineração de lítio e produção de veículos elétricos e híbridos.
