Brasil no topo: G20 quer lançar Ceará como polo produtor de hidrogênio verde mundial

O G20, o grupo que reúne os países com as maiores economias do mundo, citaram o estado do Ceará como um polo de exportação de hidrogênio verde para vários países. Com o Brasil presidindo o evento de 2024, Fortaleza foi escolhida como uma das cidades-sedes do evento do G20.

Há uma alta expectativa no evento deste ano, principalmente em relação aos temas que serão tratados, já que se espera que o encontro entre as maiores economias mundiais tenha como principal tema as discussões sobre financiamentos de financeiras internacionais, fortalecendo o compromisso com a transição energética.

Ceará será uma das cidades-sedes da cúpula do G20 2024, onde será abordado sobre o hidrogênio verde

Com o tema “Brasil 2024, construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, o G20 irá pela primeira vez ao estado do Ceará, levando a 3º reunião do GT (grupo de trabalho) de Arquitetura Financeira Internacional (em inglês, IFA), com o intuito de debater sobre a ampliação da representatividade nas instituições financeiras internacionais, além de tratar sobre o fortalecimento dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento.

A reunião no Ceará aconteceu nos dias 10, 11 e 12 de junho, visando levar mais investimentos para a redução das desigualdades sociais no país, como o combate à fome e extrema pobreza, além do debate sobre uma transição ecológica mais justa para todos, abordando sobre o hidrogênio verde.

Além das reuniões que já aconteceram nessa semana, outras reuniões técnicas estão previstas para acontecer entre os dias 23 e 26 de julho no GT do Emprego e reuniões no GT da Educação entre os dias 29 e 31 de outubro, ainda no estado do Ceará.

Segundo o governador do Estado do Ceará, Elmano de Freitas, esse grande encontro do G20 traz diversas vantagens ao estado, como geração de emprego e renda aos cidadãos cearenses. “Além de nós podermos ter aqui situações distintas de financiamento das nossas instituições financeiras, que pode também ao Ceará possibilitar mais projetos e benefícios à população”, disse Elmano de Freitas.

Ceará será polo de hidrogênio verde

Elmano de Freitas relatou que a cooperação financeira de instituições multilaterais é de extrema importância para países em desenvolvimento. “Reuniões como essa decidem como essas instituições vão atuar espalhadas pelo mundo”, comentou Freitas. “Quanto mais você tiver uma solidariedade maior, uma cooperação maior, taxa de juros menores, isso favorece muito que a gente possa acelerar o nosso desenvolvimento e fazer inclusão social”, completou o governador do Ceará.

Apesar de não ter sido inserido ao G20, o investimento de US$ 100 feito pelo Banco Mundial para realizar adaptações no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) foi peça-chave para viabilizar a exportação do hidrogênio verde, mostrando o potencial dos aportes internacionais para o Ceará. “Sediarmos um encontro que, na realidade, pode representar capacidade de investimento.”, disse Freitas.

O secretário da Fazenda do Estado do Ceará, Fabrízio Gomes, também comentou sobre o assunto, destacando que a queda na taxa de jutos pode viabilizar uma melhora no momento de negociar com financeiras internacionais.  “E a gente trazer projetos de investimento baseados também na questão da sustentabilidade. Economicamente ainda tem a questão turística que você mostra para o mundo todo o potencial turístico que o Ceará tem”, acrescentou o secretário da Fazenda.

Brasil na presidência do G20 desde 2023

Desde o dia 1º de dezembro de 2023, o Brasil ocupa a presidência do G20, e ficará até o dia 30 de novembro de 2024. Ao levar a cúpula de reuniões do G20 para o estado do Ceará, ele se torna um importante ponto de grandes debates, podendo moldar o futuro das finanças mundiais, bem como as finanças do próprio estado.

Roseane Medeiros, atual secretária de Relações Internacionais do Governo do Estado do Ceará, comentou: “Aqui, na presidência do Brasil, nós estamos tratando de temas como desenvolvimento econômico, sustentável, inclusivo, combate à fome e à pobreza, e também a mudança da governança global”, citando, também, a visibilidade que o estado terá após essa temporada do G20 no Brasil.