Em decisão informada pelo governo da Rússia nesta quinta-feira, 21/9, 31 países foram autorizados a integrar o mercado cambial russo. A decisão permite aos bancos e corretoras dessas nações que realizem as suas atividades comerciais mediante a moeda local, o rublo.
O dispositivo, que contém a assinatura do primeiro-ministro Mikhail Mishustin, permite também às instituições bancárias dos países a participação no mercado de derivados financeiros, de acordo com informações repercutidas por veículos de imprensa e agências de notícias.
O Brasil integra a lista de países que estará presente no mercado cambial russo. Além da nação sul-americana, Cuba, Venezuela, Índia, China e África do Sul foram selecionados pelo governo da Rússia. A lista é composta ainda por sete países que compunham a extinta União Soviética: Azerbaijão, Armênia, Belarus, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão.
Segundo o comunicado da Rússia, o mercado cambial estará disponível para entrada de representantes bancários da Sérvia, Turquia, Irã, Qatar, Paquistão, Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Malásia. A escolha dos países integrantes em consideração o contexto e relação geopolítica atual de países ditos como amigos da Rússia e/ou com posição de neutralidade.
Cotação do rublo
Ainda sob fortes sanções e bloqueios em razão da invasão militar em território ucraniano, a economia da Rússia tem sido diretamente afetada, sobretudo na cotação do rublo. Em entrevista recente, o presidente russo Vladimir Putin classificou como correta a decisão do banco central do país em elevar, no mês passado, a taxa de juros de 8,5% para 12%.
Segundo o mandatário, o aumento é uma consequência da inflação. Putin ponderou também que a economia russa poderá sofrer efeitos negativos, caso os preços saiam do controle, alegou o mandatário.
Para Vladimir Putin a cotação do rublo está sob controle e a desvalorização atual é justificada por parte dos lucros dos exportadores em transações com o comércio russo não terem sido convertidos para a moeda russa.
