A sucroenergética Cocal anunciou uma nova parceria com a Embrapa Agrobiologia para intensificar os estudos sobre o uso de biofertilizantes nos canaviais. Essa colaboração visa entender melhor os benefícios dos biofertilizantes no solo brasileiro, focando especialmente na produção agrícola de cana-de-açúcar. A Cocal já utiliza biofertilizantes em seus processos, como a vinhaça e a torta de filtro, em biodigestores, e agora busca expandir esse uso, aplicando-os de maneira mais eficiente nos canaviais.
Objetivos da parceria entre Cocal e Embrapa para uso de biofertilizantes
A parceria entre a Cocal e a Embrapa tem como principal objetivo aprimorar o manejo dos biofertilizantes nos canaviais, com foco na quantidade, na frequência de aplicação e na eficiência de seus efeitos sobre o solo e as plantas. De acordo com Daniel Gualtieri, gerente de tecnologia agrícola da Cocal, a intenção é melhorar o uso de biofertilizantes de forma a aumentar a produtividade dos canaviais e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto ambiental da produção agrícola.
“Com esta parceria, buscamos não apenas aumentar nossa competitividade no mercado, mas também construir processos mais sustentáveis que resultem em uma produção mais eficiente e com menor pegada de carbono”, afirma Gualtieri.
A Cocal, com sua expertise no uso de biofertilizantes, está comprometida com a ampliação dessa prática em seus canaviais. O uso de biofertilizantes já representa cerca de 95% da área plantada pela Cocal, e a empresa tem a meta de atingir 100% de suas plantações utilizando esses fertilizantes orgânicos nos próximos anos. A parceria com a Embrapa fortalecerá esse processo, trazendo novos dados e práticas que poderão ser aplicadas aos canaviais da empresa.
Pesquisas de campo da Embrapa em canaviais da Cocal
Em 2024, pesquisadores da Embrapa Agrobiologia estiveram na unidade da Cocal em Narandiba, São Paulo, para coletar amostras de solo e escolher as áreas para a instalação de experimentos que testam o impacto dos biofertilizantes nos canaviais.
Durante o projeto, a Embrapa ficará responsável pela execução dos experimentos, incluindo o manejo dos biofertilizantes, as avaliações técnicas e a elaboração dos relatórios. O trabalho desenvolvido pela Embrapa será fundamental para entender como os biofertilizantes podem ser aplicados nos canaviais de forma mais eficiente, garantindo benefícios tanto para a produtividade quanto para o meio ambiente.
Essa interação entre a Embrapa e a Cocal é vista como um exemplo de como a pesquisa e a iniciativa privada podem trabalhar juntas para promover a inovação no setor agrícola. Cristhiane Amâncio, chefe-geral da Embrapa Agrobiologia, destaca a importância dessa colaboração. “A parceria entre a Embrapa e a Cocal é essencial para que as inovações cheguem até o campo, e os benefícios gerados pelos biofertilizantes nos canaviais se tornem uma realidade na produção agrícola”, diz Cristhiane.
Impactos positivos para a produção nos canaviais
O uso de biofertilizantes nos canaviais tem trazido uma série de benefícios para a Cocal, tanto no aspecto econômico quanto ambiental. Além de reduzir a dependência de fertilizantes químicos, que são mais caros e prejudiciais ao meio ambiente, a utilização de biofertilizantes tem contribuído para a redução das emissões de carbono.
A Cocal já observa uma diminuição nos custos de produção e um aumento na eficiência de suas operações. Com o apoio da Embrapa, a empresa espera expandir o uso de biofertilizantes, atingindo a totalidade de suas plantações e melhorando ainda mais os resultados ambientais.
A parceria com a Embrapa também se alinha com os objetivos da Cocal de aumentar a sua nota de eficiência energética-ambiental no programa RenovaBio, além de promover uma produção mais sustentável de biocombustíveis. A empresa tem como meta atingir 100% de uso de biofertilizantes nos próximos anos, substituindo os fertilizantes químicos e, assim, contribuindo para um ciclo produtivo mais sustentável e menos poluente.
“Essa parceria é um passo importante para garantir que a produção de cana-de-açúcar no Brasil seja mais eficiente e menos prejudicial ao meio ambiente”, conclui Gualtieri.