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Atlas Renewable busca novas oportunidades após venda de usinas solares para Engie

Com a conclusão da venda para a Engie, a Atlas continuará a operar com dois projetos adicionais, somando uma capacidade instalada de 1,8 GW.

by Andriely Medeiros
Com a conclusão da venda para a Engie, a Atlas continuará a operar com dois projetos adicionais, somando uma capacidade instalada de 1,8 GW.

Na última segunda-feira, 30, a multinacional Engie anunciou a compra de cinco usinas solares da Atlas, com capacidade instalada combinada de 545 MW. A transação, avaliada em R$ 3,24 bilhões, incluindo dívidas, envolve usinas localizadas nos estados da Bahia, Ceará e Minas Gerais, que começaram a operar entre novembro de 2018 e março de 2023 e têm energia comercializada tanto no mercado regulado, por meio de leilões de reserva e de energia nova, quanto no mercado livre. No entanto, a conclusão dessa operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), bem como de credores e acionistas minoritários, e é esperada que ocorra no decorrer dos próximos meses.

Atlas Renewable Energy concentra-se em novos projetos após operação bilionária com Engie

A Atlas Renewable Energy, uma empresa atualmente controlada pela Global Infrastructure Partners (GIP), anunciou recentemente a venda de cinco usinas solares para a Engie em uma operação que movimentou cerca de R$ 3,2 bilhões. Este movimento estratégico sinaliza o foco da Atlas em novas oportunidades de crescimento no setor de energias renováveis.

A empresa possui 1,3 gigawatt (GW) em projetos atualmente em construção, previstos para iniciar as operações em 2024, e está avançando nas negociações para viabilizar um novo projeto solar com capacidade de 800 megawatts (MW). Além disso, a Atlas mantém uma carteira de 15 GW a serem desenvolvidos, principalmente em capacidade solar e eólica.

Entrevistado pelo Broadcast Energia, Fábio Bortoluzo, diretor da Atlas Renewable Energy no Brasil, explicou que a venda das usinas para a Engie representou uma oportunidade de obter liquidez por meio de ativos já operacionais, permitindo que a empresa continue executando seu plano de negócios previamente aprovado para o Brasil. Ele enfatizou que, no momento, não há planos de realizar novos desinvestimentos.

Com a conclusão da venda para a Engie, a Atlas continuará a operar com dois projetos adicionais, somando uma capacidade instalada de 1,8 GW. Além disso, Bortoluzo também ressaltou a importância do Brasil como um dos principais mercados para a Atlas Renewable Energy. A operação com a Engie serviu para testar o interesse do mercado de capitais em projetos de energia renovável, demonstrando o caminho promissor para investimentos em infraestrutura e energia no país.

Empresa visa impulsionar expansão em geração solar e eólica no Brasil

Os 1,3 GW em projetos atualmente em construção pela Atlas têm como destino a produtora de alumínio Albras, por meio de contratos de longo prazo em dólares, uma abordagem que a empresa tem adotado. Um dos projetos está em estágio avançado de construção e deverá ser conectado à rede entre o final de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, enquanto o segundo projeto está em fase inicial, com previsão de entrar em operação até o final do próximo ano.

O investimento total nesses empreendimentos ultrapassa os R$ 5 bilhões. Além disso, a Atlas Renewable Energy está atualmente envolvida em negociações avançadas para viabilizar um novo projeto solar no norte de Minas Gerais. Os detalhes das negociações, como o modelo de contratação e a moeda utilizada (dólares ou reais), ainda não foram finalizados.

A intenção da empresa é iniciar a construção dos 800 MW do projeto no próximo ano, o que demandará investimentos adicionais entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões. A busca por novos empreendimentos de geração elétrica representa um desafio para os empreendedores, uma vez que os preços da energia de curto prazo estão historicamente baixos, afetando os preços dos contratos para os próximos anos. No entanto, Bortoluzo enfatizou a visão de longo prazo otimista, tanto por parte da Atlas quanto de seus clientes, em relação ao bloqueio de custos de energia a longo prazo.

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