A Arauco Celulose anunciou planos para a construção de uma nova fábrica no Mato Grosso do Sul. O investimento previsto para essa expansão impressionante é de R$ 14,7 bilhões. Esse anúncio foi feito pelo CEO da Arauco, Carlos Altimiras, durante uma visita a Campo Grande, onde apresentou um balanço do projeto Sucuriú, nome que identifica o empreendimento da empresa na região.
A escolha de Mato Grosso do Sul como local para a segunda linha de produção se baseou em uma análise criteriosa, que levou em consideração fatores como clima, características do solo e disponibilidade de recursos hídricos. Esses elementos se mostraram altamente favoráveis à expansão das operações da Arauco no estado.
Atualmente, a primeira fábrica de celulose da Arauco em Inocência, uma cidade com 8,5 mil habitantes, está em construção e promete trazer um impacto positivo na economia local. A estimativa é que, durante o pico da construção, sejam gerados 10 mil empregos diretos, contribuindo para a geração de renda e o desenvolvimento da região.
A Arauco Celulose já emprega cerca de 600 pessoas em Mato Grosso do Sul neste ano. No entanto, com a construção da nova fábrica, a demanda por mão de obra atingirá seu auge, com a necessidade de 10 mil operários durante essa fase. Quando a fábrica estiver em plena operação, com uma capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano, serão mantidos cerca de mil empregos diretos. Além disso, entre 200 e 400 empregos serão relacionados à colheita de matéria-prima florestal.
A primeira linha de produção da Arauco em Inocência está prevista para entrar em funcionamento em 2028. Carlos Altimiras, CEO da empresa, adiantou que a Arauco tem planos para construir uma nova fábrica, também em Inocência, com um investimento estimado em US$ 3 bilhões (R$ 14,7 bilhões).
O projeto completo envolve um montante significativo de recursos, totalizando R$ 29,4 bilhões a serem aplicados no estado, mas ao longo do tempo. O CEO estima que a segunda linha de produção deverá ser ativada em até 15 anos, por volta de 2048.
Para atender à demanda da indústria chilena, a Arauco Celulose planeja a utilização de 400 mil hectares de eucalipto. Para alcançar essa meta, a empresa está expandindo suas áreas de cultivo por meio de arrendamentos e usufruto, já que a legislação brasileira proíbe a aquisição direta de terras por empresas ou indivíduos estrangeiros.
O planejamento da Arauco inclui o acréscimo de 60 mil hectares de floresta a cada ano, a partir de 2024, até atingir os 400 mil hectares necessários. A fábrica será instalada a 50 quilômetros da cidade de Inocência, e estão previstos alojamentos para os 10 mil operários nas proximidades da indústria.
Carlos Altimiras admitiu que ainda não estão claros os detalhes dos investimentos e obras necessárias para minimizar os impactos sociais nas áreas de saúde, educação e segurança pública. A empresa mantém reuniões mensais com o governo estadual e a prefeitura de Inocência para abordar essas questões e garantir que a expansão das operações seja feita de maneira sustentável.
Com a Arauco, Mato Grosso do Sul está consolidando sua posição como um polo estratégico na indústria de celulose. A instalação da terceira fábrica de celulose do estado, que está em construção pela Suzano em Ribas do Rio Pardo, representa um investimento de R$ 20 bilhões. As empresas Eldorado e Suzano já operam fábricas em Três Lagoas, e a Eldorado tem planos de construir uma segunda linha de produção, também com investimento de R$ 20 bilhões, dependendo do desfecho da disputa pelo controle da empresa.
A Bracell também está planejando a instalação de uma sexta indústria de celulose no estado, embora o local do empreendimento ainda seja mantido em sigilo. A empresa tem expandido sua área de cultivo de florestas na região leste de Mato Grosso do Sul, indicando a crescente importância da indústria de celulose no estado.
Com a chegada da Arauco e a expansão das operações de outras empresas do setor de celulose em Mato Grosso do Sul têm o potencial de impulsionar significativamente a economia regional, criando empregos, gerando receita e fortalecendo a infraestrutura local. Esses investimentos também demonstram a confiança das empresas no estado e seu compromisso em contribuir para o desenvolvimento sustentável da região.
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