A empresa Arauco está movimentando o mercado de trabalho no Mato Grosso do Sul com a abertura de 400 vagas de emprego diretas para atuação na sua nova fábrica de celulose, que será erguida no município de Inocência. Este megaempreendimento representa um investimento de US$ 3 bilhões, equivalente à cerca de R$ 14 bilhões na cotação atual, e promete transformar a economia da região.
Expansão da indústria no Mato Grosso do Sul
Arauco é uma companhia florestal chilena com vasta experiência no negócio da madeira, painéis e energia limpa e renovável. Esta é a primeira planta de celulose da empresa no Brasil, complementando as cinco unidades já existentes no Chile. Com a expectativa de explorar 285 mil hectares de eucaliptos, a Arauco possui terras em Inocência e em municípios vizinhos, garantindo o suprimento necessário para a nova fábrica de celulose.
Atualmente, Mato Grosso do Sul já é um dos principais polos de produção de celulose do mundo, e a chegada desse novo investimento fortalecerá ainda mais o setor agroflorestal na região. Além da Arauco, outros empreendimentos do setor estão se instalando, contribuindo para o crescimento econômico do estado.
Vagas de emprego na Arauco
A primeira fase de contratação da Arauco está focada em vagas de emprego para técnico florestal, com um salário médio de R$ 2,3 mil. Entretanto, a empresa também planeja oferecer vagas de emprego em diversas outras áreas, como pedreiro, motorista, montadores, soldador, entre outras. Os trabalhadores serão empregados através da intermediação da Casa do Trabalhador de Três Lagoas, facilitando o processo de contratação.
A Arauco disponibilizará plano de saúde, alojamento, refeições e ticket alimentação aos contratados. Os trabalhadores terão a opção de residir em Três Lagoas, se preferirem, tornando a oportunidade ainda mais acessível.
Nova fábrica de celulose da Arauco irá gerar 12 mil empregos diretos
A nova fábrica de celulose da Arauco terá um impacto ambiental significativo, mas a empresa está comprometida em utilizar de forma sustentável os recursos naturais da região. Segundo o Estudo de Impacto Ambiental, a multinacional chilena planeja produzir 5 milhões de toneladas de celulose por ano e precisará de 10,5 milhões de toneladas de eucalipto para atender as duas linhas de produção.
A construção da fábrica está prevista para durar 40 meses, com a indústria começando a operar no início de 2028. Durante o pico da construção, espera-se a geração de 12 mil empregos diretos. A expectativa é que a nova unidade da Arauco beneficie não apenas Inocência, mas também as cidades de Costa Rica e Água Clara. A empresa utilizará a água dos rios Sucuriú e Verde, que cortam os três municípios.
Crescimento econômico no Mato Grosso do Sul
Com o impulso do agronegócio e os investimentos no setor de papel e celulose, Mato Grosso do Sul está se destacando como um estado com grande potencial de crescimento econômico. Projeções da Tendências Consultoria indicam que o setor de papel e celulose receberá um investimento total de R$ 47 bilhões na região até o fim desta década. Isso representa um aumento substancial em relação à receita do estado, que alcançou R$ 22,5 bilhões no ano passado.
Esses investimentos privados, juntamente com projetos públicos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, estão impulsionando o crescimento econômico do Mato Grosso do Sul. Espera-se que o estado se torne a maior região produtora de celulose do mundo até 2028, quando a planta da Arauco entrar em operação.
Sobre a Arauco
Fundada em 1979 no Chile, a Arauco se destaca como uma das principais empresas do setor de celulose e madeira, possuindo uma vasta extensão de florestas que abrangem 1 milhão de hectares, sendo 110 mil hectares localizados no Brasil. A entrada da empresa no mercado brasileiro iniciou em 2007, quando adquiriu parte das operações da finlandesa Stora Enso, que anteriormente havia comprado a empresa paranaense Inpacel. Atualmente, a Arauco mantém quatro unidades fabris no Brasil, com capacidade para produzir anualmente 1,52 milhão de metros cúbicos de MDF e 260 mil metros cúbicos de painéis compensados.