Arábia Saudita vai torna-se o maior mercado de energia eólica do Oriente Médio até 2020

A Arábia Saudita se tornará um peso pesado regional em energia eólica até o início da década de 2020, de acordo com uma nova pesquisa da Wood Mackenzie Power & Renewables.

De acordo com o relatório ‘Perspectivas do Mercado de Energia Eólica no Oriente Médio, 2019-2028’, os desenvolvedores construirão 6,2GW de capacidade eólica – 46% da adição total de capacidade eólica da região – entre 2019 e 2028.

“A integração das energias renováveis ​​nos objetivos da Visão 2030 demonstra um forte compromisso político na Arábia Saudita”, disse Sohaib Malik, analista sênior da Wood Mackenzie Power & Renewables. “O nível de ambição saudita para a energia solar eólica e solar varia significativamente, apesar da paridade de custos entre ambos tecnologias durante a primeira rodada de licitações em 2018. ”

Apesar de oferecer preços comparáveis ​​e oportunidades de desenvolvimento industrial mais rigorosas, a meta de capacidade de energia eólica é definida em 16GW até 2030 e energia solar fotovoltaica a 40GW, indicando a preferência do governo pela segunda. No futuro, o Escritório de Desenvolvimento de Projetos de Energia Renovável (REPDO) concederá 850 MW de capacidade eólica em 2019, que deverá ser comissionada em 2021-2022, e aumentará a exigência de conteúdo local em futuras rodadas de licitação.

Apesar das projeções de crescimento e liderança regional iminente, a Arábia Saudita ficará aquém de sua atual meta de 2030 renováveis.

“Em janeiro de 2019, o governo saudita revisou suas metas de energia renovável para cima, resultando em maior visibilidade até 2030.” Ela destinou 70% da capacidade alvo de renováveis ​​para o Fundo de Investimento Público (PIF), o fundo soberano da Arábia Saudita, enquanto a capacidade restante será concedida por meio do REPDO, o novo mecanismo destaca preocupações que definirão o futuro do mercado eólico da Arábia Saudita. ”

Espera-se que a volatilidade regional permaneça. Espera-se que o forte crescimento positivo, impulsionado pela Jordânia e pelo Irã, em 2018, seja revertido em 2019. No entanto, a Wood Mackenzie Power & Renewables vê a demanda regional retornando ao crescimento estável após 2020.

“Em 2018, os desenvolvedores adicionaram 185MW e 63MW de capacidade eólica na Jordânia e no Irã, respectivamente, em comparação com 53MW de capacidade em toda a região em 2017”, disse Malik. “A conclusão dos projetos 89MW Al Fujeij e 86MW Al Rajef em 2018 indica que a Jordânia possui 375MW da capacidade eólica operacional da região de 675 MW. O Irã seguiu com 278MW de capacidade instalada no final de 2018. Espera-se uma desaceleração em 2019, já que a atividade de desenvolvimento de projetos está enfraquecendo no Irã. Além disso, atrasos na concessão do projeto de 400MW Dumat Al Jandal na Arábia Saudita limitarão as adições anuais de capacidade para 184MW.

As perspectivas para a energia solar fotovoltaica no Oriente Médio, quando comparadas com a eólica, são muito mais positivas – apresentando um ambiente ideal para o desenvolvimento.

“Em comparação com apenas 6 GW de capacidade de energia eólica, os desenvolvedores adicionarão 53 GW de capacidade fotovoltaica até 2024”, disse Malik. “A energia solar fotovoltaica tornou-se uma escolha natural para muitos países da região, que é dotada de recursos de energia solar de classe mundial. O maior foco na energia solar é demonstrado por metas ambiciosas de PV em toda a região.

“À medida que os países com perspectivas macroeconômicas estáveis ​​começaram a leiloar projetos maiores (Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos), os desenvolvedores ofereceram algumas das menores tarifas de energia solar fotovoltaica do mundo. Como tal, será cada vez mais difícil para o vento competir com o PV em países de baixo vento, incluindo Bahrein, Qatar e Emirados Árabes Unidos. ”