Alguns meses após a COP28, integrantes do governo da Arábia Saudita, o país com a maior produção de combustíveis fósseis, principalmente petróleo, e uma das maiores reservas do planeta, partiram para Dubai e jogaram pesado contra qualquer menção a phase-out (eliminação gradual ou progressiva) ou phase-down (redução gradual) de combustíveis fósseis no texto do Global Stocktake (GST) que seria aprovado na conferência do clima.
Desta forma, o máximo que se conseguiu no documento foi um “transition away” (afastar-se dos combustíveis fósseis). Isso fez com que o ministro saudita da Energia, Abdulaziz bin Salman, afirmasse que o principal acordo da COP28 para a transição dos combustíveis fósseis era apenas uma das diversas opções de menu à la carte.
Com isso, o mercado foi surpreendido nesta terça-feira, quando a Saudi Aramco, estatal petrolífera do país, anunciou que está interrompendo o projeto de aumento de sua capacidade de produção de combustíveis fósseis de 12 milhões para 13 milhões de barris diariamente até 2027. A empresa não entrou em detalhes sobre tal decisão.
No comunicado ao mercado, a empresa da Arábia Saudita informou que recebeu ordens do Ministério da Energia saudita para manter a sua Capacidade Máxima Sustentável (MSC, siglas em inglês) nos níveis atuais.
Desta forma, destaca o Guardian, a decisão lançou dúvidas sobre o futuro do mercado de combustíveis fósseis global. Ainda mais por ocorrer semanas após um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês) ter indicado que o pico mundial na demanda por petróleo poderia acontecer antes do final desta década.
A Arábia Saudita liderou um grupo de vozes na OPEP+ que insistiram em uma transição energética que utilize a produção de combustíveis fósseis como fonte energética até que os recursos renováveis sejam suficientes para atender a demanda global, segundo o CNBC. Os críticos chamam essa decisão dos produtores de combustíveis fósseis de egoísta, que têm tido lucros enormes desde que as sanções de Europa e Estados Unidos cortaram o acesso ao petróleo russo, após a invasão da Ucrânia.
Apesar de parecer uma mudança de rumo do Petroestado quanto à produção de combustíveis fósseis, é necessário ter cautela no otimismo, ressalta o New York Times. A Aramco está tendo espaço para desacelerar, segundo o chefe de geopolítica da empresa de pesquisa Energy Aspects, Richard Bronze. Essa margem de manobra, segundo ele, permitiria à estatal escolher quando quer gastar dinheiro no desenvolvimento de novos campos petrolíferos, em vez de fazê-lo quando os custos estão elevados.
Em dezembro passado, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou recentemente um memorando de entendimento com o Ministério de Energia da Arábia Saudita. Os países atuarão em conjunto com foco na exploração de petróleo e gás e também no desenvolvimento de energia renovável.
Conforme o ministro, investimentos serão atraídos para o país, promovendo o desenvolvimento econômico e social no Brasil, gerando empregos, renda e combatendo as desigualdades. O documento abrange áreas como petróleo, gás, energia renovável, eletricidade, petroquímicos, eficiência energética, hidrogênio verde, além da Economia Circular de Carbono.
O acordo alavanca estudos conjuntos em universidades e centros de pesquisa no campo energético e parcerias com empresas especializadas para localizar materiais, produtos e serviços. Vale mencionar que, no primeiro dia de visita a países do Oriente Médio, o presidente Lula se reuniu com o Príncipe Herdeiro e o Primeiro Ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.
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