Apple apresenta possibilidade de substituir metade de seus funcionários por tecnologia robótica de ponta

A Apple está em processo de substituir metade de sua força de trabalho nas linhas de produção por máquinas, conforme revelado pelo portal The Information. A medida, supostamente advinda do vice-presidente de operações Sabih Khan, surge após recentes conflitos laborais e busca por maior eficiência.

Mudanças após conflitos em fábricas

Em novembro de 2022, funcionários da Foxconn, responsável pela montagem dos iPhones, protestaram contra as condições de trabalho. Esse episódio teria influenciado a decisão da Apple de intensificar a automação. Desde então, a empresa reduziu sua força de trabalho de 1,6 milhão para 1,4 milhão de empregados entre 2022 e 2023.

Processos como a instalação de suportes metálicos e placas de circuito impresso foram os primeiros a serem automatizados, resultando na substituição de cerca de 30% dos trabalhadores por máquinas. Apesar dos benefícios em eficiência, a instalação e manutenção das novas máquinas representam um investimento significativo para a Apple, custando centenas de milhares de dólares anualmente.

Para o lançamento do iPhone 16, a Apple planejava usar máquinas na instalação de botões e outros componentes, anteriormente feitos manualmente. No entanto, devido a dificuldades em atingir os padrões de qualidade exigidos, essa etapa foi cancelada.

Futuro da automação na Apple

Com a produção em massa do iPhone 16 prevista para iniciar por volta de agosto, a Apple enfrenta o desafio de resolver questões relacionadas à automação. O lançamento da nova geração está programado para setembro, prometendo melhorias significativas nas câmeras traseiras e na estrutura do dispositivo.

A decisão da Apple de aumentar a automatização também levanta questões sobre o impacto econômico e social. Por um lado, espera-se que a eficiência operacional melhore, potencialmente aumentando a produtividade e reduzindo custos a longo prazo. Por outro lado, a substituição de trabalhadores por máquinas pode resultar em perda de empregos e mudanças no mercado de trabalho local e global. Isso pode exigir programas de requalificação e suporte para os trabalhadores afetados pela transição para garantir uma transição justa e inclusiva.

Reações e perspectivas futuras

A iniciativa da Apple também está sendo observada de perto por especialistas e analistas da indústria. Alguns veem isso como um passo necessário para competir em um mercado global cada vez mais exigente e tecnologicamente avançado. No entanto, há preocupações sobre o impacto a longo prazo na relação empresa-trabalhador e nas comunidades que dependem desses empregos. O debate sobre os benefícios versus os desafios da automação certamente continuará a crescer à medida que mais empresas consideram estratégias similares.

Além dos aspectos econômicos, a Apple também está focada em sustentabilidade e inovação. A automação pode ser vista como parte desse compromisso mais amplo, permitindo processos mais precisos e menos desperdício de recursos. Como líder no setor de tecnologia, a Apple enfrenta o desafio de equilibrar inovação, eficiência e responsabilidade social em suas estratégias de produção e operações.

Conheça mais sobre a Apple

A Apple emergiu como uma das líderes globais no setor de tecnologia desde sua fundação em 1976 por Steve Wozniak, Steve Jobs e Ronald Wayne. Inicialmente focada na produção do computador Apple I, desenvolvido por Wozniak, a companhia rapidamente se destacou com o sucesso do Apple II em 1977, um dos primeiros microcomputadores amplamente comercializados.

Nos anos seguintes, a Apple pioneirou na computação pessoal com inovações como o Lisa, que introduziu interfaces gráficas de usuário, e posteriormente com o Macintosh, estabelecendo um legado que moldaria a indústria por décadas. Após um período de desafios nos anos 1980 e 1990, a empresa experimentou um renascimento sob a liderança de Steve Jobs a partir de 1997, marcado pelo lançamento do iMac e do revolucionário iPod em 2001.

A partir de então, a Apple continuou a redefinir categorias de produtos, incluindo smartphones com o iPhone, tablets com o iPad, e wearables com o Apple Watch, consolidando sua posição como uma das marcas mais valiosas e inovadoras do mundo.