A Appian Capital Brazil, fundo de investimento privado especializado em mineração, anunciou um significativo avanço em sua estratégia de expansão nacional com a implantação de uma operação de grafite no Brasil. O fundo está investindo R$ 350 milhões na construção de uma planta de demonstração para o beneficiamento de grafite na mina Boa Sorte, localizada no distrito de União Baiana, município de Itagimirim, na Bahia. Esta unidade, em sua fase inicial, terá capacidade de produção de 5,5 mil toneladas de grafite por ano.
A nova operação, denominada Graphcoa, é um ativo estratégico do grupo, englobando uma série de projetos minerários de grafite no Sul da Bahia e no Norte de Minas Gerais. A Graphcoa tem o potencial de se tornar um dos principais produtores de grafite no Brasil, fornecendo material essencial para a fabricação de ânodos de grafite, componente crucial nas baterias de veículos elétricos. Este movimento visa atender à crescente demanda das grandes fabricantes de baterias tanto no mercado nacional quanto internacional.
Geração de 300 empregos diretos na construção da planta de grafite
O investimento da Appian Capital Brazil na Graphcoa promete não apenas um impacto significativo na economia local, com a criação de cerca de 300 postos de trabalho diretos durante o pico das obras da planta de demonstração, mas também posiciona o Brasil como um importante player na transição energética global e no desenvolvimento econômico sustentável.
Segundo Paulo Castellari, CEO da Appian Capital Brazil, “este é um marco significativo para o Grupo Appian. Somado aos atuais ativos de cobre e níquel sulfetado do nosso portfólio, este novo mineral crítico ampliará a atuação do Grupo no setor de metais estratégicos”. Castellari também destacou que o investimento na Graphcoa e a construção da planta para produção de concentrado de grafite reforçam o papel do Brasil na transição energética.
“O grafite esférico, produto final produzido a partir do grafite que será lavrado em nossos projetos, representa 95% dos ânodos de baterias de veículos elétricos e irá abastecer a crescente demanda global por eletrificação”, acrescentou Castellari.
Graphcoa projeta aumento da capacidade de produção para 25,5 mil toneladas anuais
No primeiro trimestre de 2025, o concentrado de grafite será submetido à avaliação de qualidade por clientes estratégicos. A partir dessas análises, será identificado o potencial definitivo da escala de produção da planta antes da construção em seu porte final. As projeções indicam que a capacidade total de produção da Graphcoa pode ser ampliada de 5,5 mil toneladas anuais para até 25,5 mil toneladas anuais de grafite.
Este aumento de produção também dependerá de outros projetos do portfólio da Appian. Os estudos de viabilidade, a serem finalizados em 2025, determinarão a expansão do empreendimento. Caso esses estudos confirmem a viabilidade, os investimentos na extração de grafite podem alcançar até R$ 1,5 bilhão, consolidando a Graphcoa como um protagonista no mercado de grafite.
Relevância estratégica
Este investimento da Appian Capital Brazil reflete um movimento estratégico de fomento e desenvolvimento de suas operações no mercado brasileiro, expandindo significativamente sua contribuição para a transição energética global. Com a crescente demanda por veículos elétricos e a necessidade de materiais de alta qualidade para a fabricação de baterias, a operação de grafite da Graphcoa posiciona-se como um pilar essencial para o futuro sustentável e tecnológico do Brasil e do mundo.
A iniciativa da Appian Capital Brazil em Itagimirim não só promete revitalizar a economia local, mas também reforça o compromisso da empresa com práticas sustentáveis e inovadoras na mineração. A produção de grafite de alta qualidade será crucial para atender à demanda global por eletrificação, contribuindo para a redução de emissões de carbono e promovendo um futuro mais verde.
A Appian Capital Brazil, através da Graphcoa, está pronta para desempenhar um papel central no mercado de grafite, reforçando sua estratégia de negócios e ampliando sua presença no setor de metais estratégicos. Este projeto é um passo decisivo para a empresa e para o Brasil, que se posiciona como um fornecedor global chave na cadeia de suprimentos de baterias de veículos elétricos.