Home ECONOMIA Após privatização de refinarias da Petrobras, produção de petróleo cai no RN e causa preocupações na economia

Após privatização de refinarias da Petrobras, produção de petróleo cai no RN e causa preocupações na economia

Os dados foram compartilhados pela FUP.

by Daiane
Após privatização de refinarias da Petrobras, produção de petróleo cai no RN e causa preocupações na economia

A produção de petróleo e gás no Rio Grande do Norte vem apresentando uma queda pelo terceiro mês consecutivo, sob a liderança de empresas privadas. Contudo, as operadoras independentes têm distorcido os fatos para tentar inviabilizar a permanência da Petrobrás no estado. Essa situação tem sido denunciada pela imprensa do Sindipetro RN em colaboração com a Agência Saiba Mais. Nesta segunda-feira, 06 de março, o Petrosolgas compartilhou a notícia que o presidente da Petrobras, ao firmar a estatal no estado do Rio Grande do Norte, poderia garantir mais de 10 mil vagas de empregos diretos e indiretos. 

Após privatização de refinarias da Petrobras, produção de petróleo cai no RN e causa preocupações na economia

Após privatização de refinarias da Petrobras, produção de petróleo cai no RN e causa preocupações na economia

Os dados do Boletim Mensal da Produção de Óleo e Gás, divulgado pela ANP, com informações de janeiro de 2023, indicam que a produção potiguar foi de 37.158 barris de óleo equivalente por dia (boe/d), o que representa uma queda de 5,9% em relação a novembro de 2022, quando a produção foi de 39.482 boe/d. Em quatro anos, janeiro de 2023 foi o segundo mês com maior extração de petróleo e gás, contradizendo as afirmações das operadoras independentes sobre a revitalização da produção no estado

Vendas da Petrobras anunciadas em abril de 2019

Os gestores da Petrobrás anunciaram em abril de 2019 e agosto do mesmo ano as primeiras assinaturas de contratos de compra e venda de campos petrolíferos no Rio Grande do Norte. Desde então, a empresa informou a venda de sua participação em concessões de áreas terrestres e marítimas. A transação de Pescada-Arabaiana ainda não foi concluída, mas a empresa contratante já está gerando receita desse ativo desde janeiro de 2020.

O Polo Potiguar teve a assinatura inicial do contrato em janeiro de 2022, mas o fechamento da transação foi suspenso a pedido do Ministério das Minas e Energia. Embora a operação ainda esteja sob a responsabilidade da Petrobrás, a geração de caixa dos 22 campos petrolíferos já pertence à empresa que fez a oferta desde 1º de julho de 2022.

A transação foi precificada em 1,38 bilhão de dólares, com 8% do valor total pago na assinatura do contrato. Os valores apurados pela geração de caixa poderão ser abatidos dos valores a pagar e o pagamento dos valores restantes seria feito em quatro anos a partir de março de 2024.

O Polo Potiguar é considerado a melhor região petrolífera da Bacia Potiguar, com uma produção média diária de 20 mil barris de óleo equivalente e reservas estimadas em 229,3 milhões de boe (2P). No último sábado (4), o preço do barril de petróleo tipo “Brent” foi cotado a 85,93 dólares, o que equivale a 446,84 reais. Isso significa que as reservas petrolíferas do Polo Potiguar podem valer cerca de 100 bilhões de reais. Além das jazidas petrolíferas, a área também inclui uma refinaria (Clara Camarão), uma unidade de processamento de gás natural (UPGN) e um Terminal Portuário.

Suspensão da venda de ativos por até 90 dias

Essa decisão da Petrobras de suspender a venda de ativos por 90 dias, conforme determinado pelo Governo Federal por meio do Ministério das Minas e Energia (MME), gerou muita discussão entre alguns setores da sociedade do Rio Grande do Norte. Representantes de entidades empresariais, como os presidentes da RedePetro/RN e da Fecomercio/RN, expressaram publicamente sua oposição à suspensão.

Em uma reportagem publicada na edição de sexta-feira (3) do Jornal Tribuna do Norte, Gutemberg Dias, presidente da RedePetro/RN, disse que a empresa 3R já está contratando outras empresas para operar em conjunto por meio de terceirização.

Veja também