A Agência Nacional do Petróleo (ANP) interditou o FPSO Cidade de Santos, localizado na Bacia de Santos, na última quarta-feira, (06), após uma fiscalização que identificou “desvios críticos” na estrutura da plataforma. Os problemas incluem degradação em sistemas de segurança, tubulações danificadas e insuficiências no combate a incêndios. A plataforma, propriedade da companhia japonesa MODEC e operada pela Petrobras, está localizada a 160 km da costa do Rio de Janeiro e processa 35 mil barris de petróleo por dia. A interdição permanecerá em vigor até que todas as notificações de correção sejam atendidas.
Conforme noticiado pelo Petronotícias, a ANP decidiu tomar uma medida importante na indústria de petróleo e gás, interditando o FPSO Cidade de Santos, uma plataforma localizada na Bacia de Santos, especificamente no campo de Uruguá e Tambaú. Essa decisão vem após a descoberta de sérios riscos de segurança nas instalações da plataforma.
Durante uma fiscalização intensiva realizada pela ANP entre 28 de agosto e 1º de setembro, foram identificados desvios críticos, definidos como situações de risco grave e iminente para pessoas e/ou meio ambiente devido à falta de gerenciamento adequado das degradações encontradas.
“Durante a auditoria, foram evidenciados desvios críticos (situações de risco grave e iminente para pessoas e/ou meio ambiente devido à falta de gerenciamento adequado das degradações encontradas)”, afirmou o órgão.
Foram identificados desvios críticos que abrangiam a deterioração do Sistema de Detecção de Chama/Fogo, a falta de um Sistema de Dilúvio em uma seção da planta de processo, danos em tubulações, problemas na Função Instrumentada de Segurança (SIF), inadequações nos tanques de produtos químicos inflamáveis e combustíveis, bem como uma confiabilidade reduzida no Sistema de Combate a Incêndio.
Em decorrência desses desvios, a ANP tomou a decisão de interditar a plataforma até que todas as notificações listadas no documento de fiscalização (DF) sejam devidamente atendidas. O FPSO Cidade de Santos, pertencente à empresa japonesa MODEC e alugado pela Petrobras para a exploração dos campos de Uruguá e Tambaú, está localizado a aproximadamente 160 km da costa do Estado do Rio de Janeiro, operando em uma profundidade de 1.300 metros.
Com a capacidade de processar 35 mil barris de petróleo diariamente e um espaço de armazenamento para aproximadamente 700 mil barris, a plataforma possui um plano de descomissionamento de instalação (PDI) aprovado, porém, a previsão é que encerre suas operações de produção somente em janeiro de 2024. Agora, resta ao mercado de petróleo e gás natural aguardar os próximos passos quanto à decisão da ANP na interdição da plataforma FPSO Cidade de Santos na Bacia de Santos.
O FPSO Cidade de Santos MV20 está implantado no campo de Uruguá e coleta a produção do campo de Tambaú, ambos na Bacia de Santos, sendo desenvolvidos em conjunto. O gás natural processado no FPSO é transportado por meio de um gasoduto de 18 polegadas até o campo de Mexilhão, que fica a 170 km de Uruguá.
A capacidade do FPSO é de processar 350 milhões de pés cúbicos por dia de gás, 35 mil barris de petróleo por dia e possui uma capacidade de armazenamento de aproximadamente 700 mil barris. Este é o quinto navio que a MODEC fornece e opera no Brasil. É o primeiro FPSO que processa mais gás do que petróleo.
Já a MODEC, esta é uma empresa global que atua na indústria de petróleo e gás, especializada em serviços de engenharia, aquisição, construção e operação (EPCO) de sistemas flutuantes de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO) e outras soluções para a exploração offshore de petróleo e gás.
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