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Alerta Vermelho: Preço do petróleo pode disparar para US$ 150 se guerra em Israel sair do controle, adverte Banco Mundial

O Banco Mundial alerta sobre as tensões no Oriente Médio que podem resultar em um novo recorde no preço do barril de petróleo.

by Marcelo Santos
Preço do petróleo pode disparar para US$ 150 se guerra em Israel sair do controle, adverte Banco Mundial

Com a recente intensificação do conflito entre Israel e o Hamas, o mundo volta os olhos para o Oriente Médio, não apenas pelas questões geopolíticas e humanitárias envolvidas, mas também pelo potencial impacto econômico. O Banco Mundial emitiu um alerta preocupante: caso a guerra em Israel se expanda, poderíamos ver o preço do petróleo disparar para até US$ 157 por barril, um aumento que remeteria à crise do embargo de 1973.

Preço do petróleo poderá subir até 75%

Segundo a instituição financeira global, uma escalada que se assemelhe ao embargo petrolífero árabe poderia diminuir a oferta de petróleo em até 8 milhões de barris diariamente. Isso representaria um salto no preço do petróleo que poderia oscilar entre 56% e 75%. Em termos absolutos, estamos falando de valores que poderiam ir de US$ 140 a US$ 157 por barril, patamares nunca vistos.

O paralelo traçado com o conflito de 1973 não é acidental. Naquele ano, a decisão dos países árabes de impor um embargo de petróleo contra os aliados de Israel quadruplicou os preços, gerando uma crise energética global. O episódio deixou marcas profundas na economia mundial e transformou a maneira como o petróleo é negociado internacionalmente.

Cenários possíveis e suas consequências

O Banco Mundial delineia três cenários possíveis: uma pequena, média e grande disrupção. No cenário menos severo da guerra em Israel, uma redução de 500.000 a 2 milhões de barris diários. Em uma disrupção média, a oferta seria reduzida em 3 a 5 milhões de barris diários, com preços do petróleo alcançando de US$ 109 a US$ 121 por barril. Essas estimativas servem como um guia para entendermos os possíveis impactos econômicos que um conflito ampliado poderia acarretar.

Entenda o conflito que acontece em Israel

Para compreender as raízes desse conflito que agora ameaça a economia global, é essencial revisitar a história que se estende por mais de sete décadas. A guerra em Israel tem raízes profundas, iniciadas com a partilha da Palestina pela ONU em 1947 e a subsequente guerra árabe-israelense de 1948. Ao longo dos anos, houve guerras, revoltas e tentativas de paz, muitas das quais falharam, perpetuando um ciclo de violência e instabilidade.

A organização Hamas, considerada um grupo terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia e Israel, teve um papel central nos recentes surtos de violência. Com financiamento que inclui apoio do Irã, o Hamas opõe-se ao reconhecimento de Israel e mantém uma postura de resistência, contrastando com a Autoridade Palestina que busca soluções diplomáticas.

Um conflito em um delicado momento da economia mundial

Este novo capítulo do conflito israelense-palestino ocorre num momento já delicado, com o mundo ainda se recuperando dos efeitos da pandemia e lidando com as consequências da guerra na Ucrânia. O potencial “duplo choque energético” mencionado por Indermit Gill, economista-chefe do Banco Mundial, não é apenas um risco para a estabilidade do preço do petróleo, mas também para a economia global.

Enquanto as negociações e as tentativas de paz continuam, o mundo observa com apreensão os desdobramentos deste conflito histórico que agora, mais do que nunca, tem repercussões que ultrapassam suas fronteiras.

Dinâmica do mercado em meio à tensão global

Os contratempos geopolíticos no Oriente Médio e suas implicações diretas sobre o mercado de petróleo evidenciaram-se na última sessão. Apesar do breve impulso nos preços decorrente dos conflitos, o aumento nos estoques de petróleo dos EUA e a estabilidade dos juros pelo Fed contribuíram para uma atmosfera de incerteza que prevaleceu, levando a uma baixa nos contratos futuros.

O complexo panorama macroeconômico global e a alta na produção de petróleo americana trouxeram um contrapeso significativo às tensões no Oriente Médio, resultando em um mercado de petróleo oscilante, refletindo a sensibilidade do setor a uma miríade de fatores externos.

Percepções econômicas e o futuro dos preços do petróleo

Os mercados financeiros permanecem atentos aos movimentos do Federal Reserve, com a recente decisão de manter as taxas de juros sugerindo uma abordagem cautelosa em face de uma economia ainda robusta. Enquanto isso, a possibilidade de um aperto monetário mais agressivo sinaliza uma estratégia proativa no combate à inflação.

No entanto, as implicações de uma política monetária mais restritiva poderiam também afetar a demanda por petróleo, potencialmente exercendo pressão descendente sobre os preços em um horizonte de longo prazo.

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