A fabricante de equipamentos de catarinense, WEG, planeja paralisar temporariamente a linha de produção de turbinas eólicas em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, a partir do segundo semestre de 2024. O motivo é a baixa demanda por equipamentos no Brasil ligada à sobre-oferta no mercado de energia.
A empresa está finalizando a entrega de 72 aerogeradores para o parque eólico de Coxilha Negra, da Eletrobras, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, e não possui mais pedidos na carteira. Segundo João Paulo Gualberto da Silva, diretor superintendente da WEG Energia, o setor de produção de turbinas eólicas passa por dificuldades e há mais de um ano nenhuma fabricante fecha contrato no Brasil.
O motivo se deve ao excesso de subsídios para novos projetos de energia renovável, que buscam nas tarifas de uso sistemas de transmissão (Tust) e distribuição (Tusd).
Gualberto afirma que o mercado brasileiro passou por uma migração gigante que aconteceu em 2021 para aproveitar os benefícios da Tust e da Tusd, o que gerou essa corrida por projetos solares e alguma coisa para energia eólica. Como a WEG instalou muito e os reservatórios estão cheios, sobra energia. O Brasil deve voltar a crescer a demanda de energia, para a indústria de turbinas eólicas voltar a ser robusta.
Segundo o executivo, a WEG não precisará demitir funcionários, visto que o negócio de construção de turbinas eólicas representa pouco dentro do portfólio da empresa. Apesar da produção interrompida, a fábrica continua produzindo geradores, motores e turbinas hidráulicas para negócios ligados a outros projetos, e o pessoal deve ser realocado para outras áreas.
O executivo da empresa destaca que existem perspectivas para contratos menores envolvendo retrofit ou substituição de aerogeradores antigos e com falhas, devido ao longo período de operação, afetando sua eficiência. Contudo, essas oportunidades não devem resultar em um aumento substancial na produção ou receita da empresa.
Vale mencionar que não é de agora que a cadeia produtiva de turbinas eólicas passa por dificuldades. No último ano, a Siemens Gamesa hibernou as operações de sua fábrica em Camaçari, na Bahia, para ajustar sua estrutura produtiva e atender às necessidades atuais do mercado. Em 2022, a americana GE Renewable Energy anunciou a suspensão da produção de novas turbinas eólicas no Brasil devido a questões conjunturais e de reposicionamento em função da cadeia mundial de fornecimento.
A notícia acende o alerta no setor de energia eólica, que vem passando por dificuldades para se manter competitivo diante das tensões geopolíticas, do ambiente inflacionário e dos riscos macroeconômicos. Diante de um forte movimento global na busca de uma economia de baixo carbono, o setor defende que o Brasil precisa de uma política industrial verde que dê sinais claros para que não passe por solavancos.
No âmbito internacional o cenário é completamente diferente. Os pacotes verdes implementados por Europa, China e Estados Unidos enviaram sinal de compromisso de longo prazo ao setor, visto que visam atrair investimentos para a agenda climática e impulsionam a indústria de energia limpa. A outra face da moeda indica que há preocupações quanto a uma possível falta de equipamentos para energia eólica em 2025 e 2026, conforme indicado em um relatório do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês).
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