A China está revolucionando a indústria espacial ao adotar uma nova fonte de combustível para seus foguetes. Recentemente, o lançamento da espaçonave Tianlong-2 marcou um marco histórico ao ser o primeiro foguete movido a querosene produzido a partir do carvão. Essa inovação traz uma série de benefícios estratégicos para a China, considerando que o país possui escassez de reservas de petróleo, o que dificulta a produção do combustível tradicional.
Como o déficit de petróleo ajudou a China a procurar novas soluções
Enquanto a maioria dos foguetes depende de uma combinação de querosene tradicional e um combustível específico para decolar, o Tianlong-2 conseguiu obter querosene através da liquefação do carvão. Isso se deve ao fato de que a China enfrenta dificuldades na produção de querosene espacial devido à falta de reservas de petróleo.
No entanto, o país é o maior produtor de carvão do mundo, tornando-o uma alternativa viável e estratégica. Nos últimos anos, Pequim tem investido em estudos e experimentos conduzidos por agências estatais e privadas para o desenvolvimento de querosene a partir do carvão. Durante esse processo, os pesquisadores descobriram que o produto possui propriedades semelhantes ao querosene de aviação derivado do petróleo.
“Devido à composição especial e às propriedades físicas e químicas do querosene aeroespacial derivado do petróleo, não encontramos uma fonte de petróleo adequada por muito tempo.”, revelou Du Zonggang, um dos pesquisadores, ao jornal South China Morning Post.
O lançamento bem-sucedido do foguete movido a carvão representa um marco importante para a indústria espacial chinesa. O 165° Instituto de Pesquisa da CASC (Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China) anunciou planos para produzir uma linha de querosene à base de carvão.
“O sucesso desta pesquisa amplia a fonte de abastecimento de combustível para a indústria aeroespacial da China, garante a segurança energética nacional e estabelece uma base sólida para o lançamento da nova geração de foguetes porta-aviões da China”.
Segundo Fu Quanjun, vice-diretor da entidade estatal, a China pretende aumentar a produção anual desse querosene de 5 mil para 30 mil toneladas até 2025. Em termos de comparação, 5 mil toneladas de querosene de carvão são capazes de fornecer energia suficiente para a realização de 30 voos.
“Depois de anos de esforço incansável, o instituto desenvolveu com sucesso o querosene de aviação baseado em carvão, estabelecendo uma linha de produção com uma produção anual de 5.000 toneladas (estima-se que poderia fornecer mais de 30 voos). Até 2025, a produção anual aumentará para aproximadamente 30.000 toneladas”, disse ele ao China Space News.
De acordo com o China Space News, site oficial da CASC, o sucesso dessa pesquisa amplia as opções de abastecimento de combustível para a indústria aeroespacial chinesa. Além disso, garante a segurança energética nacional e estabelece uma base sólida para o lançamento da próxima geração de foguetes porta-aviões do país. Esses avanços indicam que a China está cada vez mais próxima de alcançar a autossuficiência no segmento espacial.
A adoção do “carvão líquido” como fonte de combustível para foguetes pela China pode ter um impacto significativo a nível global. Além de impulsionar a indústria espacial chinesa,
Conheça a Space Pioneer
A Space Pioneer é uma companhia aeroespacial com sede na China que desenvolve foguetes reutilizáveis. Dirigida por Kang Yonglai, a empresa é uma líder em tecnologia e possui a atenção do governo chinês devido aos projetos criados no setor. Além de desenvolver foguetes reutilizáveis, a Space Pioneer trabalha com veículos e motores desses objetos, de modo que consiga desenvolver estratégias de baixo custo na área.
